Deputados do PSDB criticaram a criação da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), prevista na MP 576/12, que está sendo votada pelo Plenário. O argumento é que a empresa seria uma manobra para permitir o financiamento público do trem de alta velocidade, já que as empresas privadas não se interessaram em participar do projeto, que teve várias licitações frustradas.
"Essa obra custará pelo menos R$ 50 bilhões. Não é qualquer dinheiro, não é qualquer trocado. A proposta prevê que o governo poderá custear integralmente essa obra", criticou o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP).
O deputado Cesar Colnago (PSDB-ES) ressaltou que, quando o Congresso votou a criação da empresa para coordenar o trem-bala (Etav), agora substituída pela EPL, havia o compromisso de que a obra não seria custeada pela União. "Foram quatro licitações e nada. Já está claro que não tem demanda que viabilize o empreeendimento", disse.
Quem saiu na defesa da proposta foi o deputado Bohn Gass (PT-RS). Ele minimizou a polêmica do trem de alta velocidade e disse que se trata de uma empresa para pensar toda a rede de transporte brasileira. "Não é só o trem, nós queremos trabalhar em uma empresa de planejamento para o futuro, é isso que o Brasil precisa."
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Fonte: Portal Câmara dos Deputados