O assessor do Ministério da Justiça Marcelo Veiga afirmou que o governo está aberto a negociações com os policiais federais, mas não há previsão de um reajuste diferenciado para a categoria. Ele negou que o governo tivesse fechado as portas para os grevistas da Polícia Federal, como afirmou o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Wink. Ele foi vaiado quando afirmou que o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Coimbra, é um defensor da instituição.
Veiga convidou todos os sindicatos de categorias da Policia Federal para a uma reunião no próximo dia 19, às 17 horas, com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o diretor-geral da Polícia Federal. Ele disse que o governo não quer criar um novo grupo de trabalho, quer resolver o problema agora.
Marcelo Veiga participa nesta manhã de uma audiência pública na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público sobre a reestruturação das carreiras da Polícia Federal. Policiais federais de todo o país realizaram uma greve entre 7 de agosto e 15 de outubro e retornaram ao trabalho com a promessa do governo federal de negociar as reinvindicações da categoria.
Segundo Marcelo Veiga, o Ministério da Justiça quer primeiro entender quais são as reinvindicações da categoria, pois haveria uma profusão de propostas. Quanto às reclamações sobre o trabalho nas fronteiras, ele disse que será concedido um adicional para quem trabalha nessas regiões.
"Com relação a abusos, a postura do ministro sempre foi aberta e franca. Qualquer tipo de perseguição, abuso ou assédio de servidor deverá ser devidamente apurado. Essas questões não passarão ao largo. O gabinete do ministro está aberto para as denúncias sobre possíveis abusos, caso tenham ocorrido. Sobre as perseguições, os procedimentos administrativos abertos, que foram pouquíssimos, estiveram vinculados a duas situações específicas: o uso de uniformes de forma ostensiva no movimento e o acesso a áreas restritas, principalmente de aeroportos, que foram utilizados por grevistas", disse o assessor.
A reunião está sendo realizada no Plenário 12.
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Fonte: Portal Câmara dos Deputados