O Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG) denunciou o prefeito de Doresópolis (MG) por usar, indevidamente, bens e serviços públicos. Aladir Caetano Alves ofereceu carona em ambulância da prefeitura a uma pessoa que iria ser testemunha em inquérito em que ele é investigado.
Segundo as investigações, no dia sete de abril, a testemunha estava em local próximo a prefeitura, se deslocando para pegar um ônibus até a cidade de Divinópolis, onde iria prestar depoimento em investigação da Polícia Federal que apura fraude em alistamento eleitoral praticado pelo prefeito. Aladir, então, ofereceu um carro para levá-lo e pediu que não mencionasse o fato à Polícia. O carro utilizado para transportar a testemunha foi uma ambulância do município.
“O motorista da Prefeitura Municipal aguardou a testemunha na frente da delegacia até o final do depoimento, e, ao ser abordado pelos policiais federais, prestou depoimento afirmando, em síntese, que o prefeito determinou que ele levasse a testemunha até a Delegacia de Polícia Federal em Divinópolis/MG, trazendo-a de volta ao final”, explicou o procurador regional da República Alexandre Camanho de Assis.
Para o MPF, mesmo que o depoimento da testemunha não tenha evidenciado qualquer benefício em favor do prefeito, sua conduta teve a intenção de interferir na investigação da Polícia Federal.
A denúncia aguarda o recebimento pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Caso seja aceita, o prefeito responderá por crime de responsabilidade por ter utilizado, indevidamente, em proveito próprio ou alheio, bens, rendas ou serviços públicos. Se for condenado, além da pena, ele poderá perder o cargo e ficar inabilitado, por cinco anos, para o exercício de cargo ou função pública, eletivo ou de nomeação.
Número do processo: 0036530-13.2015.4.01.0000
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Fonte: MPF