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MPF/ES quer condenação de agente dos Correios que furtou mercadorias em Vila Velha

 

O Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF/ES) ajuizou ação de improbidade administrativa e uma ação penal contra o agente dos Correios Herlandi Vieira Bonicenha. Valendo-se de sua função, ele furtou 64 mercadorias e extraviou 100 correspondências de terceiros. Entre os materiais desviados estão perfumes, máquinas fotográficas, videogames, roupas, tênis, computadores e celulares, totalizando cerca de R$ 37 mil.

Herlandi era gerente do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) dos Correios localizado em Santa Mônica, Vila Velha. Na denúncia, o MPF/ES explica que foram encontrados nos dias 21, 22 e 23 de agosto de 2013 diversas embalagens violadas, notas fiscais, etiquetas, caixas de papel e papelão e pacotes intactos de mercadorias no armário do vestiário masculino do CDD pertencente a Herlandi, além de dez encomendas postais. Objetos também foram encontrados em outras áreas do Centro de Distribuição, como no forro do teto da unidade, nas proximidades da caixa d’água e no mezanino.

Intervenção – As buscas pelas mercadorias furtadas foram feitas após pedido de intervenção na unidade por conta do registro de extravio de diversas encomendas – a maioria delas produtos eletrônicos de valor significativo. Três dias antes da intervenção, que começou em 12 de agosto de 2013, Herlandi começou a alegar problemas de saúde e supostamente teria ficado internado em um hospital.

No dia marcado para iniciar a intervenção, ele foi à unidade pela manhã e informou que não iria trabalhar à tarde, pois participaria de uma reunião na Gerência de Administração dos Correios, que nunca ocorreu. Depois disso, Herlandi ficou desaparecido até o dia 20 de agosto, quando foi encontrado no Rio de Janeiro (RJ) “vagando pelas ruas e com escoriações pelo corpo”.

Soma-se a esse fato o depoimento de conhecidos do agente dos Correios, que alegaram ter ganhado presentes de Herlandi como celulares e notebooks, cujos preços são incompatíveis com a renda dele à época, de R$ 1.274,85. O gerente do CDD também não atendeu ao pedido dos supervisores de consertar os sensores de área do sistema de alarme, o que permitia o acesso à unidade sem qualquer registro de presença.

Provas – A partir de imagens de segurança de uma loja da região e do depoimento de testemunhas, ficou comprovado que Herlandi ia ao CDD de Santa Mônica nas tardes de sábado, após o expediente, para ter acesso às encomendas postais sem que nenhum outro funcionário estivesse presente. Laudos de perícia papiloscópica constataram, ainda, a presença de impressões digitais dele nas encomendas desviadas e posteriormente encontradas escondidas na unidade.

Por violar princípios basilares da administração pública, lesar o erário, violar, sonegar e destruir correspondências e se apropriar de bens de terceiros, utilizando-se do cargo público que ocupava, o MPF/ES está processando Herlandi Vieira Bonicenha na esfera cível (improbidade administrativa) e criminal (peculato, por 64 vezes; e sonegação de correspondências, em 100 vezes).

O andamento da ação de improbidade administrativa pode ser acompanhado no site da Justiça Federal (www.jfes.jus.br) pelo número 0121359-29.2015.4.02.5001. Já a ação penal pode ser consultada pelo número 0009839-35.2013.4.02.5001.

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Fonte: MPF

Como citar e referenciar este artigo:
NOTÍCIAS,. MPF/ES quer condenação de agente dos Correios que furtou mercadorias em Vila Velha. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2015. Disponível em: https://investidura.com.br/noticias/mpf/mpf-es-quer-condenacao-de-agente-dos-correios-que-furtou-mercadorias-em-vila-velha/ Acesso em: 28 mar. 2024