Agravo de Instrumento

Modelo de Agravo de Instrumento interposto de decisão interlocutória que concedeu liminar em mandado de segurança

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO …….

O PREFEITO MUNICIPAL DE ….., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ….., portador (a) do CIRG n.º ….. e do CPF n.º ….., com endereço profissional na Rua ….., n.º ….., Bairro ….., Cidade ….., Estado ….., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante procurador(a) (procuração em anexo – doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ….., nº ….., Bairro ….., Cidade ….., Estado ….., onde recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência interpor

AGRAVO DE INSTRUMENTO

do respeitável despacho interlocutório de fls. …., que concedeu a LIMINAR pleiteada pela Impetrante, para suspender os efeitos da Portaria nº …., até deslinde do feito, ou decisão modificativa, nos autos do MANDADO DE SEGURANÇA, em trâmite no Juízo da Comarca de …., impetrado pela Professora ….., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ….., portador (a) do CIRG n.º ….. e do CPF n.º ….., com endereço profissional na Rua ….., n.º ….., Bairro ….., Cidade ….., Estado ….., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.

Peças Transladadas:

a) Cópias de Decisão Agravada (fls. ….)

b) Cópia da Certidão respectiva de intimação (fls. ….)

c) Procuração outorgada ao Advogado do Agravante (doc. ….)

d) Cópia da Procuração outorgada ao Advogado da Agravada (fls. ….)

e) Diploma de Prefeito, do Agravante (doc. ….)

f) Cópia integral do Mandado de Segurança (doc. ….)

g) Cópia das informações prestadas ao Juízo (doc. ….)

DAS RAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

COLENDA CORTE

EMÉRITOS JULGADORES

DOS FATOS

Em data de …. de …. de …., a agravada impetrou Mandado de Segurança contra ato do Prefeito do Município de …., alegando basicamente, violação de direito líquido e certo, afirmando no primeiro parágrafo do petitório, haver ingressado no serviço público, em …. de …. de …., através de concurso público.

Na seqüência, disse que cumpria jornada de trabalho de 40 horas semanais, e que em …. de …. de …., após aprovação no estágio probatório e concluído o Curso de Pós Graduação em …., foi lotada efetivamente para exercer suas funções na Creche …., continuando com carga horária de 40 horas semanais.

Mais adiante disse que foi efetivada no cargo de professora com carga horária de 40 horas semanais, com fundamento na Lei nº 1.007/92, insurgindo-se com a impetração de Mandado de Segurança, ao haver constatado de que sua carga horária havia sido rebaixada para 20 horas.

Alegou estarem presentes o “fumus boni iuris” e o “periculum in mora”, e requereu a procedência final do “mandamus”.

Outorgou poderes aos patronos para “propor mandado de segurança”, sem nominar contra quem deveria ser impetrado, conforme é visto na cópia que segue em anexo (fls. ….).

O agravante, após tomar conhecimento junto aos demais funcionários da municipalidade, da impetração do Mandado de Segurança, apenas para contribuir com a fiel aplicação da justiça, encaminhou ao Juízo da Comarca de …. (doc. …., fls. ….), um ofício informando sua Excelência da Doutora Juíza, de que o Município de …., até aquela data, não havia realizado nenhum Concurso Público para admissão de professores, com carga de 40 horas semanais, mas sim de apenas de 20 horas, e de que a promoção do Impetrante, ora Agravada, de 20 para 40 horas semanais, havia ocorrido de forma interna, sem qualquer espécie de Concurso de Acesso, conforme determina o Estatuto dos Servidores, em prejuízo aos cofres públicos e às demais concorrentes, professoras, que haviam feito o mesmo concurso, também com carga de 20 horas semanais, caracterizando-se tal ato, em crime de responsabilidade e de improbidade administrativa.

Pediu o Prefeito na ocasião, a sua Excelência, respeitosa e humildemente, embora em momento inoportuno, não fosse concedida liminar, até que não tivesse em mãos, as provas necessárias à comprovação de que o ato de promoção de 20 para 40 horas, era viciado e portanto nulo de pleno direito.

Assim mesmo, o pedido da agravada foi atendido, com a concessão da medida liminar, que é vista no respeitável despacho interlocutório de fls. …/…, que ora se agrava.

DO DIREITO

Ressalte-se que a medida liminar foi concedida ao arrepio da Lei nº 1.533, de 31/12/51; Lei nº 4.348 de 26/06/64; da Lei nº 5.021, de 09/06/66 e outras leis, por duas fortes razões:

a) A uma, porque não levou em conta os pré-requisitos fundamentais do “fumus boni iuris” e do “periculum in mora”, que não restaram demonstrados no petitório;

b) A duas, porque é vedada a liminar em Mandados de Segurança, que visem a reclassificação ou equiparação de servidores públicos, ou à concessão de aumento ou extensão de vantagens, e nestes feitos, só permite a execução da sentença, depois de transitada em julgado, bem como, proibiu a concessão de liminar para pagamento de vencimentos ou vantagens a servidores.

Ademais, o ato ora atacado, data máxima vênia, além de contrariar preceitos legais, não se apresenta de maneira fundamentada, carecendo portanto, de reparos.

No trato de causa semelhante, a jurisprudência já está consolidada e mostra-se pacífica, nos seguintes termos:

“In BONIJURIS 25793

Verbete: MANDADO DE SEGURANÇA – RECURSO – PAGAMENTO DE VENCIMENTO DE SERVIDOR PÚBLICO – RECEBIMENTO COM EFEITO DEVOLUTIVO E EFEITO SUSPENSIVO – ADMISSIBILIDADE – LEI 4.348/64 – LEI 8.437/92 – AÇÃO DE NATUREZA CAUTELAR

Relator: Silva Wolff

Tribunal: TJ/PR

Mandado de segurança. Pagamento de vencimentos e vantagens de servidores públicos municipais. Apelação. Efeitos. 1. O efeito do recurso, em mandado de segurança é, de regra, sempre devolutivo, considerando-se o caráter executório de que se reveste a decisão nele proferida. 2. Porém, em se tratando de impetração cuja decisão importe outorga ou adição de vencimento ou ainda reclassificação funcional, o recurso terá ambos os efeitos: devolutivo e suspensivo, em face do que dispõe a Lei nº 4.348/64, norma essa reiterada pela Lei nº 8.437/92, aplicável não só ao procedimento cautelar, mas também a quaisquer outras ações de natureza cautelar ou preventiva. Agravo conhecido e provido.” (TJ/PR – Agravo de instrumento nº 0036998-8 – Comarca de Toledo – Ac. 10.627 – 3ª Câm. Cív. – Rel: Des. Silva Wolff – j. em 20/06/95 – Fonte: DJPR, 14/08/95, págs. 20/21).

Resta pois, evidenciado, de que o respeitável despacho de fls. …/…, deve merecer reparos, para atribuir efeito suspensivo ao recurso (art. 527, II e art. 558 do CPC).

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, o Agravante requer se dignem Vossas Excelências, das PROVIMENTO ao presente agravo, para o fim de cassar a LIMINAR concedida, atribuindo efeito suspensivo ao agravo, como medida de direito e inquestionável JUSTIÇA

Nesses Termos,

Pede Deferimento.

[Local], [dia] de [mês] de [ano].

[Assinatura do Advogado]

[Número de Inscrição na OAB]

Como citar e referenciar este artigo:
MODELO,. Modelo de Agravo de Instrumento interposto de decisão interlocutória que concedeu liminar em mandado de segurança. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2013. Disponível em: https://investidura.com.br/peticoes/agravo-de-instrumento/modelo-de-agravo-de-instrumento-interposto-de-decisao-interlocutoria-que-concedeu-liminar-em-mandado-de-seguranca/ Acesso em: 29 mar. 2024