Direito de Família

Modelo de exceção de incompetência em ação de reconhecimento e dissolução de união estável c/c pedido de tutela de urgência cautelar de sequestro – de acordo com o Novo CPC

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ….. VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ….., ESTADO DO …..

….., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ….., portador (a) do CIRG n.º ….. e do CPF n.º ….., residente e domiciliado (a) na Rua ….., n.º ….., Bairro ….., Cidade ….., Estado ….., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante procurador(a) (procuração em anexo – doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ….., nº ….., Bairro ….., Cidade ….., Estado ….., onde recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência arguir

EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA

desse respeitável Juízo, nos autos do processo de Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável c/c Pedido de Tutela de Urgência Cautelar de Sequestro (autos n°….), que é Autora (Nome), (qualificação), residente e domiciliada atualmente na Rua …. n° …., em …., o que faz motivos de fato e direito a seguir aduzidos, com fulcro no CPC e demais disposições legais aplicáveis à espécie.

 

Clique aqui para ter acesso a um pacote de modelos revisados e atualizados de Direito de Família, com download dos arquivos em formato Microsoft Word (.docx).

 

I. FATOS

Efetivamente, há cerca de sete ou oito anos o Excipiente convive com a Excepta, e a mais ou menos seis ou sete anos mantém residência e domicílio na Cidade e Comarca de …. à ….

Estranhamente, sabedora do endereço do Excipiente, propõe a presente ação nesse respeitável Juízo, indicando como endereço e residência do Excepto à …., sendo que o primeiro endereço reside o filho do Excipiente, e no segundo endereço mencionado são respectivamente referentes a residência e a loja do filho do excipiente.

Na verdade, em data de …., o Excipiente fez registrar queixa junto a Delegacia de Polícia da Comarca de …., local onde é residente e domiciliado, alegando que sua companheira, saiu de casa levando toda a roupa, sua filha de …. anos e não retornando até a presente data. Por outro lado, como se verifica da declaração inclusa; conta de luz, o endereço e residência do Excipiente a cerca de oito anos é a Rua …. nº …., na Comarca de ….

Além disso, a filha menor dos companheiros de nome …. (menor), estava e está matriculada no Colégio …, na cidade de …., para aonde ia todos os dias, e como se vê recibos inclusos, o endereço da mesma é à …., o que bem demonstra que a residência e domicilio do Excipiente é o que se declina, pois por evidente, a filha menor de seis anos, não iria residir longe da mãe e do pai.

A verdade é que o fato de a companheira ter a residência e domicílio diverso do companheiro, não altera de modo algum o domicílio do réu, ora Excipiente, que continua ser ….

Evidente que aqui se aplica a regra do art. 46 do Código de Processo Civil, caput, pois que o réu deve ser demandado em seu domicílio. Evidente também que, a presente medida é preparatória de ação de RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADE DE CONJUGAL DE FATO, ação esta pessoal, pois fundada em direito estritamente pessoal, o que leva a ser aplicado a art. 46 do CPC.

II. DIREITO

É como explica HELIO TORNAGHI;

“Mas se o são em comarcas diversas, é mister optar por uma ou por outra. Ora, é inegável que se deve optar em favor do réu: ele é o acionado; ele é que vai ter de defender-se; já basta que é compelido a isso sem que se possa de antemão saber da procedência do pedido.” (Comentários ao Código de Processo Civil, vol. I, p. 323).

No caso, não há como designar o foro de …., para demanda. Uma vez que a residência e domicílio do Excipiente é na Comarca de ….; e o fato de a Excepta ter abandonado o companheiro, não mudou o domicílio do mesmo, que sabe ser o acima declinado e mais porque o endereço dito na inicial, foi maliciosamente inserido, porquanto a Excepta sabe perfeitamente que o endereço ali referido é de …., filho do Excipiente.

Por seu turno a jurisprudência é pacífica, no sentido que:

“Não se tratando de regra de competência absoluta, poderá haver prorrogação. Mas tendo havido expressa objeção da ré, in casu, sua exceção havia de ser acolhida.” (Rev. Jur. de TJSP, vol. 48, p. 199).

III. PEDIDOS

Face ao exposto, e pela prova que se faz de plano, propõe o Excipiente a presente exceção de incompetência “ratione fori”, para que recebida e julgada provada, sejam os autos remetidos ao Juízo da Vara Cível da Comarca de …. no Estado de …., competente para julgar e apreciar a medida cautelar de sequestro ora proposta, assim como ação principal de dissolução de sociedade conjugal de fato.

Termos que, ouvida a Excepta no prazo de lei, requer seja a presente exceção julgada procedente, e remetido os autos ao Juízo aqui declinado.

Requer, finalmente, se necessário entender Vossa Excelência, a produção das seguintes provas:

a) Depoimento pessoal da Excepta;

b) Ouvida de testemunhas;

c) Juntada de documentos.

Nesses Termos,

Pede Deferimento.

[Local], [dia] de [mês] de [ano].

[Assinatura do Advogado]

[Número de Inscrição na OAB]

Como citar e referenciar este artigo:
MODELO,. Modelo de exceção de incompetência em ação de reconhecimento e dissolução de união estável c/c pedido de tutela de urgência cautelar de sequestro – de acordo com o Novo CPC. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2015. Disponível em: https://investidura.com.br/modelos/direito-de-familia-modelos/modelo-de-excecao-de-incompetencia-em-acao-de-reconhecimento-e-dissolucao-de-uniao-estavel-cc-pedido-de-tutela-de-urgencia-cautelar-de-sequestro-de-acordo-com-o-novo-cpc/ Acesso em: 29 mar. 2024