O médico e político ADOLFO BEZERRA DE MENEZES dizia:
Pertenço à escola política que estabelece como princípio absoluto a iniciativa do cidadão em todas as questões que interessam à sociedade.
Quando o Consultor Jurídico (www.conjur.com. br) divulgou um informe intitulado Dança do poste – MPF quer condenação da Globo por causa da novela, inseri no referido site um primeiro comentário e, algum tempo depois, o segundo, ambos que seguem abaixo:
Até que enfim alguém tomou uma providência séria contra o abuso da liberdade de expressão na TV.
Hoje em dia o número de programas de televisão que compensa aos adultos assistir é relativamente mínimo.
Quanto às crianças pior ainda.
A exploração da pornografia, sob a rotulagem artística, é uma das piores coisas que se tem feito em grande parte da programação.
Quem tem filhos menores tem de ficar alerta para que eles não sejam envolvidos por essa onda de exploração, a qual visa, sobretudo mais dinheiro para os que vivem desses empreendimentos moralmente questionáveis.
Posso dizer, sem medo de errar, que, regra geral, não me sinto nem um pouco prejudicado de passar muitos e muitos dias sem sequer ligar a televisão.
Afinal, tem-se divulgado mais que tudo o mau gosto, a vulgaridade, a imoralidade, sob o pretexto de fazer arte.
Péssimo o nível moral de grande parte desses profissionais.
Está de parabéns o Ministério Público Federal por sua iniciativa.
Tomara que outros membros do MP ajuízem ações semelhantes para sairmos desse mar de vulgaridade.
Devido à gravidade do tema, volto ao setor de Comentários para fazer algumas observações que entendo oportunas:
1) Das seis pessoas que se manifestaram até este momento, quatro são contra a pornografia na televisão e apenas duas ficaram, de certa forma, a favor;
2) Uma das que se pôs favoravelmente à pornografia afirmou que nós outros quatro seríamos hipócritas, pois estaríamos interessados em assistir às programações pornográficas.
Com essa afirmação ela nos abre oportunidade para dizer que não é verdade, por duas razões: a) porque tenho coisas melhores para fazer do que assistir a esse tipo de “arte”, tal como ler, praticar esportes, conviver com minha família e amigos etc.; b) quando se apresenta alguém nessas condições (cenas pornográficas) a primeira idéia que me vem à mente é de muita pena (um verdadeiro aperto no peito) pelos pais dos referidos atores, que devem ter um desgosto muito grande em presenciar os filhos expondo-se negativamente, além de pena por eles próprios, que chegaram a esse grau de inconseqüência…
3) Quanto ao manifestante que desviou o foco do assunto para falar mal dos políticos, acabou “saindo pela tangente” ao invés de comentar o assunto em foco…
4) O que posso concluir é que a maioria das pessoas não está satisfeita com a pornografia na televisão.
Quem é responsável pelo setor (se tiver bom senso) vai pensar se deve continuar nesse estilo ou não…
* Luiz Guilherme Marques, Juiz de Direito da 2ª Vara Cível de Juiz de Fora (MG).