Homens e mulheres, até a algum tempo atrás, eram educados, desde a infância, para desempenharem papéis totalmente diferentes na sociedade.
Os meninos tinham que desenvolver a coragem, a força física e a inteligência prática, visando sua futura missão de trabalhar para sustentar a família.
As meninas eram programadas para serem afetivas, calmas e passivas, com vistas às suas missões de esposa e mãe.
Aos poucos, tudo foi mudando e, agora, vemo-nos, homens e mulheres, tangidos por novas exigências sociais e familiares, que misturam-nos todos, de tal forma que os homens têm de encarar funções tidas como femininas e as mulheres assumir posturas até então havidas como masculinas.
Olhando pelo lado masculino, vejo que há necessidade de aprendermos com as mulheres determinadas lições que somente elas sabem muito bem.
Na vida profissional, as mulheres são mais organizadas que nós, em todos os aspectos. Desempenham suas atividades com mais capricho e precisão que os homens. Têm mais mais paciência de ouvir e aceitam mais as ordens de seus superiores.
Na sua vida pessoal, doam-se mais e renunciam em favor do grupo afetivo. Valorizam mais o amor verdadeiro do que o sexo. Rezam quotidianamente a Deus em favor da felicidade, saúde e paz das outras pessoas. São organizadoras por excelência. Têm verdadeiro horror à violência, à brutalidade e à agressividade. Têm a capacidade de perdoar as falhas morais daqueles que elas amam.
Pessoalmente, tenho procurado assimilar e praticar os exemplos femininos para não ficar muito defasado em relação a elas.
Mudar as pessoas mais velhas é tarefa mais difícil, mas, quanto às novas gerações, faz-se mister que sejam informadas da nova realidade conjuntural para que se adeqüem às necessidades novas, quando homens e mulheres se tornam verdadeiros parceiros em todas as atividades, cada qual ensinando o que sabe e aprendendo o que desconhece.
Esse é mundo evoluído do 3º Milênio.
A realidade nova já tardava, pois ninguém mais considera aceitáveis as desigualdades, as injustiças sociais, a violência, a falta de oportunidades, os preconceitos, o egoísmo e a falta de democracia.
* Luiz Guilherme Marques, Juiz de Direito da 2ª Vara Cível de Juiz de Fora (MG).