Sociedade

“A opinião pessoal” e “a opinião pública”

Antes de comentarmos este importante assunto, convém lembrar os significados dos termos “Opinião Pessoal” e “Opinião Pública”.  A opinião pública é o
somatório das opiniões pessoais de todos, quase todos, da maioria ou da minoria dos cidadãos que compõem uma sociedade. Assim, opinião pública é o que
dizem,pensam e leva a agir (ou, não)  conjuntos de pessoas nesta, nessa ou naquela determinada Sociedade.  A grosso modo, temos  “opinião pública” de
um grupo de pessoas(como o de determinados profissionais), de uma rua, de um quarteirão, de uma quadra, de um bairro, de uma cidade, de uma zona
metropolitana, de uma zona rural, de um estado, de uma região, de um país, de um continente e do  mundo.

Acredito que estes exemplos são suficientes para se ter uma idéia do poder e alcance da “Opinião Pública”. Ela se torna mais poderosa e efetiva quando
se transforma em “Clamor Público” que pode forçar e levar às mudanças profundas na Sociedade. Já vimos isso no passado e, agora, as presenciamos em
muitos países orientais; derrubando impérios, reinados seculares, governantes déspotas, políticos desonestos e demais tipos de corruptos. Vemos, pois;
que a “Opinião Pública” pode gerar o  “Clamor Público”  e causar alterações profundas na vida das pessoas e no todo Social.

Assim, pode-se perceber  que uma determinada opinião pública pode ser construtiva ou destrutiva; positiva ou negativa para esta,essa ou aquelaloutra
 Sociedade. Um exemplo de opinião pública mundial e positiva foi a que gerou o clamor positivo que derrubou o “Muro de Berlim”, levando à unificação da
Alemanha, na década de 90. Quanto à opinião pública negativa, o melhor exemplo é a que levou à condenação e morte de Jesus; contrariando o desejo do
governador Pôncio Pilatos que queria libertá-Lo.

Porém, temos um grande  e grave problema a resolver, se quisermos formar uma opinião pública consciente e positiva  no Brasil e em todas as sociedade
em que a maioria das pessoas não tem conhecimento,cultura e saber; suficientes para a formação de uma consciência madura e inteligente.  Os poucos
Países que ainda não foram, totalmente, derrotados pela contracultura moykana, como por exemplo, a Suécia; onde os deputados nada ganham para
legislarem, vivem de seus rendimentos privados e se orgulham por trabalharem  graciosamente por seus cidadãos.  Lá, a opinião pública é forte e atuante
porque a maioria do povo sueco é culta e dedicada aos Estudos e à Leitura.  Desta forma, como a “Opinião Pública” é formada pelo conjunto de opiniões
individuais ou pessoais e que, a maioria de nós, nem conhece a Língua Pátria, pois estamos nos comunicando, apenas, por meio de, mais ou menos, 7
(sete) palavras vazias, pobres e chulas; 3(três) frases repetitivas e muitos palavrões pouco recomendáveis para quem tem mais de 50 anos ou portadores
de alguma síndrome estomacal.

As palavras mais usadas pela maioria para comunicarem a “cultura” nacional vigente, são: “valeu”, “beleza”,”cara”, “jóia”(o “acento” no “ó” é por nossa
conta!), “legal”, “vei” (no lugar de “velho”,creio eu)  e  “mano”. As frases campeães em repetição são: “com certeza”, “de repente” e “ ninguém
merece”. Estas, quase sempre significando o contrário do que pensam os que a repetem. Coincidentemente (e, o que é pior!), são as mesmas palavras
usadas por detentos das penitenciárias norte-americanas, notadamente entre aqueles de alta periculosidade que aguardam ansiosos a injeção letal. Penso
que essa coincidência não deve ser muito lisonjeira  ou salutar para nós e  demonstra que estamos “lascados”, ”perdidos” e “fritos” em gordura trans,
quanto ao nosso incerto e pouco promissor futuro.

Como podemos atuar na sociedade, de forma positiva e construtiva se a maioria formadora da “Opinião Pública” se encontra em deploráveis condições
intelectuais, culturais, materiais, psíquicas e somáticas? Como podemos reivindicar algo que desconhecemos? Por exemplo: que opinião pública poderá se
opor à construção de novas usinas nucleares em nosso País? E, se alguma já existente vazar  material radiativo! Com exceção de alguns poucos
especialistas, quais do povo irão formar oposição contra tão grave fato? E a atual e crescente contaminação atmosférica com o CO2, causada pelos
milhões de veículos e chaminés de indústrias poderosas nacionais e internacionais! Devemos esperar combater esses crimes ecológicos através do “clamor
público” da nossa festiva e despreocupada moçada, incluindo os moykanos, que se divertem incendiando pobres índios solitários, e mendigos sonolentos
nas noites frias (ou quentes) das nossas cidades e que matam com tiros, facadas e pauladas outros moykanos de tribos rivais? Será que virá deles a
nossa salvação? O inculto, o alienado, o ignorante e o imaturo não têm opinião própria, pois seguem os rastros de uns poucos espertos e aproveitadores
que os condicionam ao modismo, ao consumismo, às bebidas, às drogas, ao sexismo e à permissividade e promiscuidade generalizadas. Como poderemos formar
uma opinião pública consciente, inteligente, criativa, forte e responsável; com pessoas alienadas que nem o idioma nativo sabem falar!

Por tudo isso e mais outras é que a sociedade brasileira necessita tanto de uma “Opinião Pública” forte, consciente, esclarecida e atuante. Forte que
seja capaz de enfrentar os descalabros políticos e administrativos, bem como, as inúmeras ameaças psicológicas, físicas e econômicas que nos afligem os
maus governantes, os comerciantes inescrupulosos, as autoridades incompetentes, desonestas e arbitrárias, além da bandidagem que nos atormenta no
dia-a-dia, tornando a nossa vivência mais angustiante, sofrida e curta neste “vale de lágrimas”(mais lágrimas que Vale). Precisamos, urgentemente, de
uma opinião pública atuante, capaz de arregimentar-se no momento preciso, com a rapidez proporcional às ameaças sentidas e pressentidas. Ameaças estas
que nos vem por todos os lados, dos pilantras mais endinheirados aos assaltantes “pés-de-chinelo” que furtam pirulitos de criancinhas; passando pelos
milhões de moykanos que agridem com paus e pedras o que vêem pela frente, sem falarmos dos inúmeros outros  tipos de agressões que nos amedrontam
diariamente.

As iniciativas de formação de uma “Consciência Nacional” com o objetivo de proteger o cidadão têm sido tentadas há muito, porém de formas tímidas,
isoladas e fracionadas; sendo, por isso, frágeis e incapazes de se oporem à ganância especulativa dos capitalistas vorazes, dos políticos, governantes
e autoridades corruptas; além de muitos outros problemas crônicos que, historicamente, nos atingem, como a corrupção, incompetência e omissão de muitos
(i)responsáveis pelo destino e o viver da população. Não esqueçamos o esforço e a boa vontade de algumas associações de consumidores que, com muita
abnegação e competência, nos defendem dos maus empresários. Sempre fomos omissos e incapazes de exigirmos providências contra a impunidade que
caracteriza os autores de crimes que corroem a nossa economia, a nossa saúde, o meio ambiente e a nossa segurança física.

Estamos, há séculos, dormindo em “berço esplêndido”  ( não mais tão esplêndido), divididos  e fracionados para exigirmos o que temos direito. Nós,
cidadãos produtivos, honestos e contribuintes, permitimos que os maus invertessem a ordem natural das coisas. Paradoxalmente, são os desonestos, os
improdutivos, os parasitas e os degenerados que estão a receber prêmios, medalhas de honra e benesses!  Porque deixamos  chegar a tal ponto? Porque nos
omitimos por medo, fraqueza e sentimento de impotência para reivindicarmos as nossas mais justas pretensões e  porque as nossas mentes não estão
solidárias e coesas para os mesmos objetivos sociais. Olhamos somente para os nossos próprios umbigos e os umbigos  dos outros,principalmente agora,
assistindo a essa monumental exibição de umbigos a desfilarem desinibidos pelas ruas e em todos os cantos e recantos do nosso País(vide o Artigo: “A
Dança dos Umbigos”, do mesmo autor). Como é de costume, ficamos a esperar que os “outros” tomem as providências para a resolução dos problemas sociais,
esquecendo que cada um é o “outro” do “outro”; e, assim, nada de concreto se faz.  Ao contrário, os delinqüentes e espertalhões aglutinam forças em
organizações e quadrilhas bem articuladas e em “lobbies”, a fim de exercerem pressões contra quaisquer ameaças aos seus fabulosos lucros e em outros
interesses contrários à população. Nós, pobres e indefesos cidadãos, pensamos isoladamente e, quando muito, lutamos individualmente pelo nosso escasso
direito de viver. É o “salve-se quem puder”, entulhando o Judiciário de Ações de disputas e querelas pessoais que, progressiva e geometricamente,
sobrecarregam os magistrados que deveriam ficar mais voltados para as importantes missões sociais.  Por tais razões, poucos de nós se salvam, enquanto
muitos degenerados nos atormentam diária e impunemente nas ruas e os gatunos se eternizam no poder e na riqueza fácil, garantidos por nossa
subserviência material, mental e moral.

Um bom exemplo da crônica omissão dos Bons, frente à ofensiva dos Maus é a nossa tolerância diante do imenso e crescente festival de barulho e de
asneiras que invadiu as cidades brasileiras, desde as mais humildes às grandes capitais. Em qualquer lugar que se vá, somos obrigados a ver e ouvir os
berros e os urros da rapaziada festiva se divertindo e se exibindo com os seus inúmeros “berros-falantes” instalados em seus carros ricos ou pobres que
vociferam os seus lixos sonoros, no mais alto e “mau-som”. Ninguém faz nada para impedir o avanço dessa delinqüência sonora que, além de causar uma
surdez epidêmica, está alimentando e disseminando a estupidez nacional. Sobre este assunto, o autor o expõe e o analisa em detalhes no Artigo “ O
Império do Barulho”, já conhecido e divulgado em diversos Sites.  Estão omissos os bons cidadãos; aqueles que são cristãos, trabalham honestamente  e
pagam os impostos devidos e indevidos. Se continuarmos calados, inconscientes e medrosos; dentro em breve veremos a vitória total do MAL e o triste
velório do BEM. Assistiremos à prevalência das opiniões de malfeitores e degenerados de toda espécie, a comandarem o nosso destino, com a implantação
de costumes, normas e leis esdrúxulas, nocivas e prejudiciais às pessoas que ainda preservam os Bons Costumes, que são a honra, a honestidade, o
humanismo, o patriotismo e o respeito social.

Uma autêntica “Opinião Pública” tem as suas bases no amadurecimento político, na conscientização de cada cidadão, através da Cultura adquirida pela
prática  do Conhecimento construtivo e pela leitura útil e positiva. E quem quer saber disto hoje? Quais moykanos, com algumas exceções, que se
interessam por outras coisas que não o prazer imediato do “aqui-e-agora”, do sexismo, dos variados tipos de vícios e do exibicionismo estético e
material? Não são somente os “tribais” e os das “galeras” que se encontram à deriva nos mares revoltos da abissal ignorância em que se afundam e nos
levam juntos, sem qualquer tábua ou balsa de salvação à vista. A maioria dos nossos,  não estuda,não quer saber de estudo e odeia quem estuda . O que
se deve esperar de tantos alienados? Pior, essa alienação é mundial, crescente e sem perspectiva de estanque! Qual governante e político de países de
segundo, terceiro e quintos mundos que têm interesse em educar e cultivar, positivamente, as suas populações?

Repetindo, a opinião pública, isto é, a opinião geral de uma sociedade, tornada pública, é resultante do modo de pensar das pessoas que constituem essa
mesma sociedade; sendo o somatório da vontade e dos anseios individuais para uma vida melhor para todos. Ao contrário do “todos por um e um por todos”,
vigora entre nós o “cada um por si e ninguém (ou quase ninguém) por todos”. Assim, vivemos ao sabor de interesses de espertalhões e degenerados que
conseguem dominar e se aproveitar da maioria inerte, frágil, covarde, inculta e omissa. Esperamos que  o outro, ou alguém, tome as iniciativas que cabe
a cada um tomar, na preservação de sua própria cidadania. Enquanto esperamos que o outro fale ,reclame ou lute por nós; ele espera,também, que façamos
o mesmo por ele. E, assim, ninguém faz nada pelo social e quase nada por si; com exceção das minorias que detém o poder político, econômico e social. 
Estas se organizam com ênfase, garantindo e solidificando o poder e o controle sobre os demais que pouco reclamam  ou agem em sua defesa. Isto fica bem
evidenciado no comportamento das grandes corporações industriais, agropecuárias, comerciais e políticas que usam e abusam da população, manipulando sem
o mínimo pudor e humanismo as nossas necessidades mais básicas, como a alimentação, a saúde e a segurança.

Muitos indivíduos e empresas, aproveitando-se da nossa inconsciência individual e coletiva (esta, depende da primeira), da tolerância irresponsável e
conivente de governantes e políticos amorais e imorais; auferem lucros astronômicos, em meio às crises econômicas que, de  vez em quando, assolam o
País. Algumas delas, internacionais, exploram a população há décadas e quando solicitadas a abrirem mão de uma pequena parcela desses lucros, frente às
dificuldades das populações locais, ameaçam com o boicote de seus produtos, alguns deles essenciais à sobrevivência de grande número de pessoas, como
gêneros alimentícios, remédios e outros produzidos e monopolizados por elas. Quando enfrentam determinações legais, burlam as leis, lesam os interesses
e a saúde de todos, não raro, desrespeitando e ameaçando abertamente as impotentes autoridades que, desmoralizadas por sua própria incompetência e
conduta moral, voltam atrás e se submetem aos caprichos e interesses econômicos ou políticos. Já vimos exemplos demais de tais desmandos e nada fizemos
para contê-los. Tudo temos suportado, covardemente, porque não temos a força de uma “Opinião Pública” verdadeira, forte e consciente, capaz de
enfrentá-los, atingindo-os em seu ponto mais vulnerável: suas vendas!  Se nos organizássemos, não ficaríamos sujeitos à ganância e aos seus interesses,
nem sempre angélicos. Teríamos a força necessária para enfrentrá-los, mostrando-lhes que a nossa dependência em comprar os seus produtos é proporcional
à deles, em nos vender os mesmos. Não há empresa sem consumidores; assim, como não se pode consumir sem a existência de produtores. Somos dependentes
um do outro.

Os políticos são eleitos e dependem do nosso voto para sobreviverem; assim como necessitamos deles para mantermos a governança; e, por não sabermos
votar, não temos governança competente. Podemos e devemos boicotar produtos, serviços, governantes e políticos nocivos, desonestos e perversos. É
preciso uma consciência nacional culta, madura e  atuante para a prática social da própria sobrevivência pessoal e coletiva. Por que continuar usando
serviços e comprando mercadorias adulteradas; votar em políticos criminosos, corruptos e incompetentes? Por que não se organizar em associações e
grupos comunitários para exigir que o Poder Público se empenhe na caça aos bandidos ricos e a Justiça puna os marginais poderosos? Afinal, eles não
estão aí para servir à comunidade?  O  que se vê no Brasil é uma imensa  falta de caráter que nos condiciona  à desonestidade generalizada. De tanto
vermos a imoralidade  e a amoralidade daqueles que deveriam ser exemplos de integridade e caráter; estamos nos tornando corruptos contumazes. Não é só
aqui que o Mal  prevaleceu sobre o Bem ; é um fenômeno mundial maligno e inevitável. Se perguntarmos a qualquer pessoa sobre o que faria se achasse na
rua algo valioso, como dinheiro; quase todos responderão que ficarão com o que não lhes pertencem. Tal pergunta e a mesma resposta, nós já a fizemos, e
 a obtivemos em muitas pesquisas locais. Raríssimas foram aquelas que responderam com caráter e honestidade que devolveriam aquilo que acharam e não
lhes pertence. Assim, desgraçadamente, o Mundo se corrompeu em todos os sentidos e o Mal venceu o Bem. Desse modo, se aceitamos a Teoria da Evolução de
Darwin, estamos geneticamente  imorais e amorais; exemplos de imoralidade e amoralidade no mundo, é o que temos com muita fartura.

Não temos é criatividade e, tampouco, a iniciativa de mudarmos os nossos hábitos negativos, como o da alimentação, por exemplo. Neste caso, poderíamos
criar associações e movimentos municipais, estaduais e nacionais; solidários e coesos, numa força poderosa com o firme propósito de se rechaçar a
ganância dos especuladores a improbidade dos políticos, governantes e autoridades desonestas. Poder-se-ia engajar a maior parte da população brasileira
em uma imensa Confederação de Contribuintes para dar um basta à violência, à degeneração dos costumes, à corrupção política, governamental, comercial,
industrial e de qualquer indivíduo que  desobedeça as regras sociais de convivência harmônica, honesta e salutar para todos. Quando o preço de um
produto subisse especulativamente, os consumidores boicotariam, por tempo determinado, aquele produto. Uma denúncia de fraude no peso ou na qualidade
da mercadoria, esta seria prontamente rejeitada pelos consumidores, até que o vendedor ou produtor remarque o seu preço. Alimentos contaminados teriam
como punição para os responsáveis o boicote total de todos os produtos daquele fabricante. Ninguém iria morrer por deixar de consumir, por algum tempo,
leite, carne, enlatados, embutidos, óleos, refrigerantes, etc. Muito pelo contrário, poderia haver até um grande “surto” de saúde na população; pois
muitos deles são, notoriamente, prejudiciais ao nosso organismo. Não há exagero na afirmação, considerando-se que se pode substituí-los por outros
alimentos mais naturais e menos tóxicos, usando-se a criatividade de receitas alternativas.

A cobiça desenfreada de muitos empresários seria contida com a simples providência de se rejeitar os seus produtos. Não só com o consumo de bens; mas,
também, o consumo de muitos programas de televisão que, em grande parte, são os causadores da falência da família, no mundo inteiro. Os pais que ainda
tem alguma consciência do Bem ( os inconscientes já perderam-na), devem boicotar  todos os programas que deterioram a personalidade  e comprometem a
saúde física e mental de seus filhos; bem como o bem-estar da própria Civilização, já em franca deterioração. Desligar os seus aparelhos de televisão,
boicotando essas emissoras que  se utilizando de uma concessão PÚBLICA, concedida obsequiosamente por governantes e políticos inescrupulosos, em nosso
nome e sob a irresponsabilidade, incompetência e cegueira de autoridades que deveriam zelar pela moral pública, invadiram e invadem os nossos lares,
corrompendo a tudo e a todos com programas de baixíssimo nível mental, ensinando e condicionando ao crime e às perversões de toda natureza. A repetição
desse lixo televisivo, durantes décadas, sem qualquer oposição das famílias, do Governo e das autoridades, condicionou milhões de indivíduos imaturos
que estão por toda a parte, drogando-se, agredindo, “sexando”, ”ficando”, “bestando”, alienados, alcoolizados,fumando,pichando e sujando os bens
públicos e particulares que encontram pela frente; roubando,furtando e nos matando.

Desligando suas televisões e boicotando as Emissoras; as famílias prestariam  um grande bem a Humanidade e a si mesmas, restaurando o que sobrou dos
laços familiares, destroçadas que foram pelo condicionamento nocivo e negativo de inúmeros programas de TV, principalmente de  novelas que
retratam,expõem e ensinam diferentes  espécies de degeneração e degradação às crianças e a todos imaturos que a assistem; são verdadeiras Escolas de
Criminalidade. O boicote e a rejeição serão as grandes armas da população consciente e participativa nos problemas comuns. Isso só será possível,
repetimos, por meio da estruturação de uma sólida e autêntica “Consciência Nacional”, visando à oposição e à  resistência a todos aqueles que são
nocivos à sociedade. Os interesses escusos de alguns políticos, governantes, autoridades, comerciantes, industriais e de quaisquer outros vigaristas,
não poderão mais continuar incólumes, aviltando a nossa economia, a nossa saúde e a nossa dignidade. Não devemos e não podemos mais continuar omissos
sob o jugo daqueles que tornam a vida de cada um de nós mais sofrida,infeliz e mais curta. Lutemos com a mente e com a inteligência; elas são mais
fortes que os músculos. Elas são,também, as mesmas armas utilizadas pelos detentores do poder e da riqueza para dominarem, explorarem  e  sacrificarem
os povos mais pobres e incultos, desde o começo da civilização. A mente inteligente e consciente supera qualquer obstáculo.  Boicotemos a tudo e a
todos que nos causam danos físicos, mentais, econômicos e morais. Imitemos os povos mais cultos, inteligentes e conscientes que vão às ruas protestar e
reivindicar os seus direitos com bravura e destemor. O difícil é fazer isso aqui, cuja maioria da população está cada vez mais inculta por não estudar,
não querer estudar e ter ódio do Estudo. Assim, ignorante, não raciocina além do umbigo e cuja visão não passa de um “palmo diante do nariz”.

Finalmente, como frisamos tantas vezes aqui, a formação de uma poderosa Associação Nacional de Consumidores não se limitaria à defesa  do nosso consumo
material! Além disso, haveria ela de impor limitações à conduta e comportamento daqueles que ameaçam a nossa segurança e o nosso bem-estar, o nosso
patrimônio individual e social. Os governantes, políticos e as demais autoridades deverão ser escolhidos pelo voto consciente e inteligente, vigiados,
exigidos e julgados pelos seus atos.

Nota: ao leitor menos precavido, pode parecer que este Trabalho foi escrito de forma esquisita e repetitiva em palavras e termos desordenados e
 confusos. Não foi por acaso a escolha deste modo! Sabemos que o cérebro apreende e grava melhor  quando a mente se esforça para entender o global do
que se vê. A repetição e a curiosidade são as melhores  técnicas para o condicionamento! É assim, que os meios de comunicação fizeram,fazem e
continuarão a fazer conosco…até a consumação dos tempos !

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Obs.: Este trabalho foi desenvolvido e publicado em meados de junho de 1989, em Minas Gerais. Agora, a pedidos, o autor volta a divulgá-lo, após
revisá-lo e acrescentar-lhe algumas modificações.

Belo Horizonte, inverno de 2011

Bernardino Mendonça Carleial, Psicólogo-Clínico pela Universidade de Minas Gerais; Estudante de Direito da Universidade Estácio de Sá; Escritor e
Pesquisador nas áreas da Psicobiologia e do Direito.

Como citar e referenciar este artigo:
CARLEIAL, Bernardino Mendonça. “A opinião pessoal” e “a opinião pública”. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2011. Disponível em: https://investidura.com.br/artigos/sociedade/a-opiniao-pessoal-e-a-opiniao-publica/ Acesso em: 29 mar. 2024