Parece que foi ontem que as vi brincando na minha casa. Correndo, rindo, brigando… usando minhas roupas e sapatos.
Parece que foi ontem que a nossa cachorrinha morreu e tive que mentir a respeito pra que não ficassem tristinhas.
Ainda as vejo, no chão do quarto, lendo o livrinho ‘Como nascem os bebês’. Quando perguntei qual o nome do órgão sexual masculino (usando outras
palavras, claro), a Gisele levantou o dedinho e disse: “eu sei, tia, é tênis”.
A perda do primeiro dentinho. As dores da primeira menstruação. O choro das primeiras brigas com os namoradinhos. A morte dos Mamonas Assassinas…
Minhas meninas!
Hoje, são donas do seu nariz! Todas têm filhos. E encaram a maternidade com naturalidade e segurança incríveis. Lêem a respeito, trocam idéias e
conselhos…
Movidas pelo instinto e amor materno, cuidam da prole. Assim como as ratas que arrumam os ninhos quando os filhotes estão prestes a chegar; ou como as
cadelas e leoas que cuidam de suas crias…
O grande diferencial das nossas meninas é que estão trazendo ao mundo crianças dotadas de uma poderosa força de amor, de sabedoria e de paz. Uma das
tantas dádivas enviadas ao Planeta.
É só puxar esse assunto e aparecem vários exemplos de crianças que parecem além da sua idade.
Nossas meninas estão dando à luz crianças que podem nos ajudar a fazer o que André Trigueiro sugere em seu livro “Espiritismo e Ecologia”:
– fazer as escolhas certas em favor da vida no seu sentido mais amplo,
– lidar, de forma criativa, com as eventuais impossibilidades do caminho;
– transformar problemas em solução.
* Ana Echevenguá, advogada ambientalista, presidente do Instituto Eco&Ação e da Academia Livre das Águas, e-mail: ana@ecoeacao.com.br, website:
http:www.ecoeacao.com.br.