Sociedade

Quando morrem os inocentes

A recente tragédia acontecida em Realengo, bairro da zona
oeste do Rio de Janeiro, quando um indivíduo entrou armado na escola pública
Tasso da Silveira, e proferiu disparos nos alunos e que terminou com doze
óbitos e feriu mais de vinte pessoas nos remete a várias reflexões.

A primeira dessas referente ao tratamento ou descaso
deferido aos portadores de problemas mentais… e, não é só na escola que passa
desapercebido sintomas claros e evidentes de pertubações patológicas mentais…
e, ainda, a política pública de segurança pública, de saúde pública e por fim
da educação pública.

Seria mesmo possível evitar ou mitigar ao máximo a tragédia ocorrida? Seria a
indiferença, a miséria ou o desamor e abandono que enlouquecem?… Podemos
acreditar na sentença fatal da genética que corroborada com as notícias que
apontam que sua mãe biológica já apresentava problemas mentais?

Teria a religião ateado fogo a uma mente doentia e
transformado tudo num inferno sangrento e inexplicável?

Como podemos apagar de nossas consciências a morte de
inocentes… que estavam numa sala de aula, se sentindo num ambiente seguro de
aprendizagem, ao lado de seus professores e colegas, num instante de construção
e edificação do saber e do viver.. e são colhidos subitamente por um assassino
insandecido que atirou para matar pois
mirava preferencialmente cabeça e tórax.

Muitas perguntas nos assombram: como há tamanha facilidade
para aquisição de armas, de recarregadores e ainda como tinha tanta habilidade
e, ainda, como é falha indubitavelmente a nossa política de desarmamento.

A nossa Columbine não trará os resultados que trouxeram a
tragédia original… certamente não iremos construir portais detectores de metal
e nem instaurar à porta de cada estabelecimento de ensino uma segurança digna
de caixa forte…

A Presidente Dilma Rousseff com a forte sensibilidade de
mulher e comandante do país e que recentemente recebeu honraria militar nunca
dantes deferida à nenhuma brasileira, expôs publicamente sua sensibilidade e a
voz embargada em pedir um minuto de silêncio pelos brasileirinhos ceifados pela
violência urbana e insana.

Acredito sinceramente que nesse minuto de silêncio procurou
intimamente buscar quais mecanismos, quais métodos e quais formas podemos frear
tal descalabro.

O que realmente podemos fazer enquanto nação emergente e
civilizada para garantir que pelo menos na escola exista um mínimo de
segurança?

Não temos segurança nos bancos, nas ruas, nas praças, no
aeroportos e nem no recesso de nossos lares.

Passaram na youtube imagens do circuito interno da escola, por que não tinha ninguém assistindo? E
assim que detectado prontamente o perigo? Por que não se procurou inibir, impedir ou fazê-lo
parar?

O curioso é que o policial herói da ocasião o Sargento PM
Márcio Alves (e duplamente herói em razão de seu salário e suas ferramentas de
trabalho) fora chamado por acaso por um dos estudantes já baleados …

O que podemos pedir além de preciosas doações de sangue para
o HEMORIO? Como salvar essas vidas, com planejamento e responsabilidade, com
práticas diárias e construtivas e, não apenas emergenciais e desesperadas.

Por que só lembramos da tramela quando a porta já se
encontra arrombada ??

Como nos preparar para o pior, para o surto de um doente
mental? A gestão de políticas públicas é mesmo importantíssima para nos
garantir não só o crescimento econômico mas principalmente um desenvolvimento
sustentável.

Um engajamento de toda a sociedade nos objetivos que
primamos atingir. Queremos uma educação que capacite nossos filhos para o
mercado do trabalho, para a vida, e principalmente para prosseguir nos ideais
de liberdade, igualdade e fraternidade. Para que concretize uma sociedade justa
e igualitária.


Onde o preciosíssimo valor da dignidade humana venha trazer o tratamento
adequado aos doentes mentais, onde nas escolas tenhamos profissionais de
Psicologia que possam pré-diagnosticar, e encaminhar aos serviços adequados
àqueles que precisam de ajuda terapêutica ou ainda que seja psiquiátrica. Por
que não percebemos o elefante na sala de estar?

O que nos falta realmente para que não sejamos vítimas
impotentes e sequestradas pelo acaso?

Como podemos combater de forma adequada e segura o bullying? Aliás, adianta criminalizar?

O fenômeno denominado com school shooting (tiroteio em escola) vem gritando por atenção mundo
afora, principalmente após a tragédia de Colombine
High
School, na cidade de
Colorado nos EUA em 1999.

Quando um inocente morre sem que façamos nada, é pouco da
humanidade se esvaindo pelo ralo da indiferença e da solidão.

E, tivemos ainda o estudante sulcoreano Cho Seung-Hui que
encabeçou o massacre ainda maior, com 32 (trinta e duas) vítimas na Virginia
Polytechnic Institute and State University
, também se suicidando ao final.

Durante muito tempo o massacre em Columbine chocou a
população mundial e mesmo quando o rapaz sulcoreano protagonizou outro massacre
se referiu e convocou todos os “fracos” a fazerem o mesmo que ele e se refere
aos atiradores de Columbine como mártires.

Os atiradores deixam por vezes bem claro que seu alvo é a
escola, o que a instituição representa, bem como a própria sociedade da qual se
consideram vítimas e perseguidos.

Inicialmente esse tipo de tragédia foi considerada por
muitos como fenômeno peculiarmente norte-americano, não trazendo maiores
preocupações para o resto do mundo.

Mas, em outros países, se verificou o mesmo, na Alemanha, na
Suécia e no Canadá.

Os pesquisadores balizados chamaram a atenção para fatores
ambientais significativos para o aparecimento de atiradores. E, para dados em
comum nessas tragédias.

Chamam a atenção para o fato dos problemas comportamentais
aprensentados na infância e na adolescência e repercutindo fatalmente na vida
adulta, e que os pais e/ou responsáveis possuem efetiva participação nesse
processo.

A teoria dos sistemas ecológicos de Bronfenbrenner é uma
teoria que trata do desenvolvimento humano que considera a ecologia dos
relacionamentos dentro dos ambientes dos quais a criança participa.

Para essa teoria, a família é o primeiro ambiente da
criança, denominado de microssistema, onde ocorrem as primeiras interações
sociais e onde se forma as díades (relação mão-filho, pai-filho).

Com o evoluir dessas relações, essas vão se expandindo,
permitindo à criança novas interações. É na família que ensaiamos nos papel
social.

O microssistema familiar é a mais forte fonte de afeto,
segurança, proteção e bem-estar permitindo o desenvolvimento crucial do senso
de estabilidade nos primeiros anos de vida.

O senso de permanência que se refere à segurança são
elementos centrais da experiência de vida e que são organizados dentro das
rotinas diárias das famílias.

A ausência de interações saudáveis entre pais e filhos pode
afetar o desenvolvimento afetivo das crianças e sua preparação para via social
dos anos posteriores.

Mesmo avaliando tais interações no sistema familiar, é
importante ressaltar a diferenciação existente entre estilos parentais e
práticas educativas, principalmente em razão de matrizes culturais, sociais e
políticas.

As práticas educativas se referem a estratégias que os pais
utilizam para atingir objetivos específicos e relacionados a diferentes
domínios (como o social, cultural, acadêmico e, etc).

O estilo parental diz respeito ao padrão característico das
interações. Por exemplo, o uso de punição física e outras medidas abusivas
pressupõe um estilo parental autoritário, onde prevalece o alto nível de
controle e a extrema pobreza de afeto nas maioria das interações.

Por outro lado, o estilo parental indulgente, no qual há uma
combinação de baixo nível de controle com alta responsividade. Apesar de os
pais indulgentes conseguirem se comunicarem com seus filhos, não os monitoram e
atendem às suas demandas, não estabelecendo por vezes regras e limites e não
criando a necessária responsabilidade e maturidade.

Já o estilo negligente é caracterizado pela falta de
monitoramento dos filhos pelos pais, ausência de regras evidenciadas a serem
seguidas no ambiente familiar e ocorrendo baixo nível de interação e de
afetividade.

Tanto o estilo indulgente e o negligente são marcados por
pais que permanecem à distância em relação à rotina dos filhos, furtando-se de
orientá-los acerca de seus comportamentos, crenças, expectativas, emoções e,
etc.

Cecconello et al. apresentam o modelo autoritativo, o que se
diferencia tanto do modelo autoritário quanto do negligente e indulgente,
caracterizando-se pela participação dos ais na vida dos filhos com
estabelecimento de regras e limites claros que devem ser combinados com
interações afetivas adequadas.

Nesse estilo observa-se a demanda por responsabilidade e
maturidade, desenvolvendo bom nível de competência social e assertividade.

Também apresentam melhores níveis de adaptação psicológica,
auto-estima, autoconfiança e menores níveis de problemas comportamentais,
ansiedade, depressão e outros males relacionados com o estilo autoritário
parental.

Ambientes sociais inadequados desenvolvem
psicopatologias e, aí podemos ter os
efeitos maléficos do bullying e
outras práticas que devem ser combatidas de forma adequada na escola, na
família, no trabalho e na sociedade em geral.

Reconhecidos pesquisadores que são psiquiatras e psicólogos
clínicos ligados ao Federal Buerau of Investigation (FBI) apresentam
relatórios sobre o perfil psicológico dos assassinos, destacando características
de personalidade e psicopatologias, que normalmente provovam problemas de
discriminação e de procedimentos constrangedores por parte da escola.

Criando clima tenso e gerando ainda maiores complicações a esses indivíduos que
passam ser socialmente identificados como inaptos e perigosos assassinos em
potencial.

De qualquer maneira, as medidas severamente drásticas de segurança
acabam por gerar maiores problemas e provocam uma percepção distorcida e nem
mesmo o surgimento de policiamento especializado em escolas logram em evitar as
tragédias através da mídia.

Também é perigoso imaginar que em face das informações
veiculadas pela mídia que a população passar a superestimar o perigo e o risco
de vida que correm as crianças e adolescentes na escola. Mas procuremos
enfatizar a construção do perfil psicológico dos atiradores e nas técnicas de
prevenção e redução desses fenômenos.

Mas, alguns traços são reveladores como: a incapacidade dos
agressores de lidarem com perdas afetivas e significativas e ainda falhas
pessoais, o interesse por mídias violentas (filmes, jogos, livros, músicas), o fato
de terem sido vítimas de perseguições e humilhações por colegas, familiares,
vizinhos e ainda a manifestação clara de comportamentos que revelam a
necessidade de ajuda.

No entanto, Clabaugh e Clabaugh apontam que tal procedimento
dos psicólogos e psiquiatras que tentam justificar o fenômeno a partir do
perfil psicológico dos atiradores como erro de atribuição.

E, apontam que devem ser analisadas dentro de rede causal
que se desenvolve principalmente na ambiência social, sendo que as
psicopatologias podem se desenvolver ou se potencializar em decorrência de
fatores ambientais.

Há de se ressaltar ainda que não há uma uniforme definição
de bullying ainda assim a maioria dos
estudiosos identificam que ocorrem agressões físicas e verbais (ofensas,
humilhações, ridicularizações) e que persistem por longo tempo, em uma relação
onde existe um desequilíbrio, onde a vítima tem sérias dificuldades de se
defender.

O sociólogo americano Ralph W. Larkin em sua obra “Compreendendo
Colimbine”, discute o tema de forma coerente com a opinião de Clabaugh e
Clabaugh e confirma a relevância dos comportamentos dos atletas contra Harris,
Klebold e outros alunos caracterizados como outsiders (diferente dos
estereótipos dos alunos populares).

Para Larkin os principais fatores que influenciaram a
ocorrência da tragédia foram a vingança contra os atletas que os perseguiam e
humilhavam, contra os estudantes evangélicos que agiam como se fossem moralmente
superiores, e também pela influência da cultura paramilitar norte-americana combinada
com o ensejo de notoriedade que poderia ser alcançado através de um óbito
glorioso.

Tem-se notado a preocupação de se eximir os familiares dos
atiradores de qualquer tipo de culpa pelas tragédias.

Mas, é compreensível o temor às represálias contra os
familiares, principalmente se tinham conhecimento prévio da psicopatologia e
abandonou o parente à própria sorte.

No entanto, Eva Fjallstrom considera que em cada tragédia
existe sempre uma família responsável, mas não significa apontar tais famílias
como suas causas, mas que tiveram relevante participação.

Nos vídeos feitos pelos adolescentes atiradores de Columbine
demonstraram remorso com relação aos pais, e pedem perdão a estes, alegando que
foram bons pais e que nada poderiam fazer para evitar a tragédia.

Mas as evidências apontam que eram pais indulgentes que,
apesar de manterem um realcionamento afetivo aparentemente saudável com seus
filhos, não os monitoravam e sequer fixaram limites e orientações
significativas.

Portanto, afeto positivo em si só, não significa suficiente
contribuição dos pais para o bom desenvolvimento dos filhos.

É imprescindível haver o monitoramento e a fixação de
limites e orientações claras, e a forte evidência disso foram as descrições de
armas, bombas e outros artefatos guardados pelos adolescentes em seus quartos.
De forma abundante e que seriam facilmente encontrados.

De qualquer modo o histórico de solidão patológica, de
humilhações, segregações desumanizadoras sofridas no ambiente escolar parece
ter sido muito significativo.

Devíamos nos perguntar: por que não fizemos as perguntas
certas, para evitar impasses e soluções difíceis?

Os atiradores se enredaram em vinganças e fantasias de
heroísmo, numa busca de pureza e superioridade comprovando a quão embargada estava
sua autoestima e maturidade.

Observamos também que o dia escolhido, data de aniversário
da escola, que completava quarenta anos, revela um fenômeno chamado copy cat,
revelam o teor forte de ressentimento direcionado à escola e ao que vivenciou
naquele ambiente.

Ainda enfocando os locais das tragéidas, consideram os
estudiosos que tais ambientes altamente competitivos como o escolar, podem
travar disputas por popularidade e auto-afirmação onde existem indivíduos que
serão sempre segregados.

E, quando são privados de relevantes interações sociais
necessárias para o desenvolvimento de filosofia moral e de meios adequados de
expressão,utilizando muitas vezes da violência extrema para serem notados e
glorificados.

O desenvolvimento de competências sociais do indivíduo e
mesmo quando já adulto depende certamente de certo grau de oportunidades
anteriores.

A presença de pais efetivos, atuantes e reflexivos no
cotidiano dos filhos pode contribuir para a vingança e as interpretações
distorcidas de atos heróicos violentos sejam questionados e modelos adequados
sejam construídos e apresentados aos filhos.

Dessa maneira, pais presentes podem identificar que seus
filhos são vítimas de bullying e proceder as intervenções e cuidados
necessários para protegê-los e acionar a escola e seus representantes a
exercerem seu papel repressor quando necessário.

Se até recentemente o Brasil não conhecia tais tragédias
como as ocorridas em Columbine e em Virginia Tech, outras formas de violência
têm sido observadas dentro do contexto escolar (professores agredidos,
funcionários agredidos e ameaçados), depedração do patrimônio e agressão
interpessoal.

Já se verifica que o porte de armas de fogo e também as
chamadas “armas brancas” vem sendo relatado muito frequentemente nas escolas brasileiras,
e resultando em ferimentos graves e mortes nos conflitos entre estudantes.

Aqui no Brasil os níveis de pobreza, o tráfico de drogas e
as distorções sociais e culturais são comumente apontadas como causas
relacionadas com a violência na escola.

E, também no Brasil se mostra significativa a influência do
ambiente familiar tanto na prevenção da violência como nas políticas de
intervenção.

Apesar de existirem fatores de natureza diversa na realidade
brasileira como em outras culturas diferentes da cultura norte-americana, a
divulgação das tragédias ganhou imenso destaque em todo mundo.

Portanto, é razoável concluir que tais tragédias significam
um cruel desfecho de longo processo que se iniciou com as primeiras interações
sociais ocorridas na família e que vieram se desdobrando pelos anos de escola e
universidade.

Desta forma, é equivocado rotular o atirador como mero
psicopata animal, é importante realçar a percepção de tais psicopatias o mais
cedo que possível, para oferecer não só tratamento como uma profilaxia regular
para interferências violentas no ambiente escolar.

Alguns consideram que as explicações trazidas e referentes
aos fatores externos aos atiradores possuem o fito de eximi-los de culpa pelas
tragédias e mortes que provocaram.

Esse não é o objetivo, o papel dos cientistas e estudiosos
não é atribuir ou eximir de culpa os indivíduos, mas sim apresentar dados,
explicações e observações que contribuam para compreensão do fenômeno e ainda
possivelmente para a elaboração de possíveis soluções e prevenções desses
fatores de risco.

Que todos se mobilizem nesse sentido, de fazer da escola o
que esta realmente é uma ponte segura para o conhecimento, crescimento e
prosperidade e não um lugar sombrio de zombarias, desrespeito e crueldades.

Resgatemos o valor imenso do professor, da educação, dos
alunos e da combinação de todos esses fatores para termos cada dia um Brasil
melhor…quando os inocentes não morrem.

* Gisele
Leite, Professora universitária, Mestre em Direito, Mestre em Filosofia,
Doutora em Direito Civil. Leciona na FGV, EMERJ e Univer Cidade.
Conselheira-chefe do Instituto Nacional de Pesquisas Jurídicas (INPJ).

Referências

Abramovay, M. (2002). Escola e violência.
Brasília, DF: Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura.         [
Links ]

Adams, L., & Russakoff, D. (1999, June 12). Dissecting Columbine’s
cult of the athlete. The Washington Post, p. A1.
        [
Links ]

Alves, L. R. G. (2004). Game over: Jogos
eletrônicos e violência
. Tese de Doutorado
não-publicada, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA.
[ Links ]

Anderson, C. A., &, Bushman B. J. (2002). The effects of media
violence on society.
Science, 295,
2377-2379.         [
Links ]

Bandura, A. (1979). Modificação do
comportamento
. Rio de Janeiro, RJ: Interamericana.
[ Links ]

Barr, R., & Hayne, H. (2003). It’s not what you know, it’s whom you
know: Older siblings facilitate imitation during infancy.
International Journal of Early Years Education, 11, 7-21.         [ Links ]

Batista, A. P., Fukahori, L., & Haydu, V.
B. (2004). Filme com cenas de violência: Efeito sobre o comportamento agressivo
de crianças expresso no enredo de uma redação. Interação em Psicologia, 8(1),
89-102.         [
Links ]

Beck, J. S. (1997). Terapia cognitiva:
Teoria e prática
.
Porto Alegre, RS: Artmed.
        [
Links ]

Bronfenbrenner, U. (1996). A ecologia do
desenvolvimento humano: Experimentos naturais e planejados
. Porto Alegre, RS: Artes Médicas.
        [
Links ]

Burgess, A.W., Garbarino, C., & Carlson, M. I. (2006). Pathological
teasing and bullying turned deadly: Shooters and suicide. Victims and
Offenders, 1
(1), 1-14.
        [
Links ]

Cecconello, A. M., Antoni, C., & Koller, S. H. (2003). Práticas educativas, estilos parentais e abuso físico no contexto
familiar. Psicologia em Estudo, 8, 45-54.
        [
Links ]

Clabaugh, G. K., & Clabaugh, A. A. (2005). Bad apples or sour
pickles? Fundamental attribution error and the Columbine massacre. Educational
Horizons, 83
(2), 81-86.
        [
Links ]

Espelage, D. L., & Swearer, S. M. (2003). Research on school
bullying and victimization: What have we learned and where do we go from here? School
Psychology Review, 32
(3), 365-383.
        [
Links ]

Fjällström, E. (2007). The high school shooting at Columbine seen
from Francie Brady’s perspective
. Unpublished bachelor tesis, Lulea
University of Technology, Lulea, Sweden.
        [
Links ]

Gomide, P. I. C. (2000). A influência de filmes
violentos em comportamento agressivo de crianças e adolescentes. Psicologia:
Reflexão e Crítica, 13
(1), 1-22.
        [
Links ]

Gomide, P. I. C., & Speranceta, A. (2002).
O efeito de um filme de abuso sexual no comportamento agressivo de
adolescentes. Interação em Psicologia, 6(1), 1-11.
        [
Links ]

Graña, J. L., Cruzado, J. A., Andreu, J. M.,
Muñoz-Rivas, M. J., Peña, M. E., & Brain, P. F. (2004).
Effects of viewing videos of bullfights on
Spanish children. Aggressive Behavior, 30(1), 16-28.
        [
Links ]

Haney, C., Banks, W. C., & Zimbardo, P. G. (1973). Study of prisoners
and guards in a simulated prison.
Naval Research
Reviews, 9
, 1-17.
        [
Links ]

Harding, D. J., Fox, C., & Mehta, J. D. (2002). Studying rare events
through qualitative case studies: Lessons from a study of rampage school
shootings. Sociological Methods & Research, 31(2), 174-217.
        [
Links ]

Killingbeck, D. (2001). The role of television news in the construction
of school violence as a “moral panic”. Journal of Criminal Justice
and Popular Culture, 8
(3), 186-202.
        [
Links ]

Larkin, R. W. (2007). Comprehending Columbine. Philadelphia, PA:
Temple University Press.
[ Links ]

Lickel, B., Schmader, T., & Hamilton, D. L. (2003). A case of
collective responsibility: Who else was to blame for the Columbine high school
shootings? Personality and Social Psychology Bulletin, 29(2), 194-204.
        [
Links ]

Lima, M., & Zakabi, R. (1999, 11 nov.). O horror fora da tela. Veja, 623.
Retrieved November 8, 2008, from
http://veja.abril.com.br/101199/p_038.html [ Links ]

Marler, C., Trainor. B. C., & Davis, E. (2005). Paternal behavior
and offspring aggression.
Current
Directions in Psychological Science, 14
(3), 163-166.
        [
Links ]

Marques, R. (2007). Virginia Tech: Anatomia de
um massacre à luz da ética da virtude. Interacções, 5, 72-81.
        [
Links ]

Martins, E., & Szymanski, H. (2004). A
abordagem ecológica de Urie Bronfenbrenner em estudos com famílias. Estudos
e Pesquisas em Psicologia, 4
(1), 63-77.
        [
Links ]

McGee, J. P., & DeBernardo, C. R. (1999). The classroom avenger. The Forensic
Examiner, 8
(5), 1-16.
        [
Links ]

Moore, M. (Director), & Bishop, C. (Producer). (2002). Tiros em
Columbine
[Motion picture].
United States: K.
Engfehr.         [
Links ]

Muschert, G. W. (2007). Research in school shooting. Sociology Compass, 1(1), 60-80.
        [
Links ]

Njaine, K., & Minayo, M. C. S. (2003). Violência na escola: Identificando pistas para a prevenção. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, 7(13), 119-134.
        [
Links ]

Park, C. (Director), Dong-joo, K., & Young-joon, J. (Producers).
(2003). OldBoy [Motion picture].
Coréia do Sul: K.
Sang-bum.         [
Links ]

Ramage, S. (2007, April). Why? After a heartbreaking tragedy at Virginia
Tech, some experts offer answers. The Sunday Paper, p. 1-4. Retrieved
December 01, 2008, from
http://www.sundaypaper.com/More/Archives/tabid/98/article

Type/ArticleView/articleId/2/Why.aspx [ Links ]

Sposito, M. P. (2001). Um breve balanço da
pesquisa sobre violência escolar no Brasil. Educação e Pesquisa (São
Paulo), 27(1), 87-103.
        [
Links ]

Thompson, S., & Kyle, K. (2005). Understanding mass school
shootings: Links between personhood and power in the competitive school
environment. The Journal of Primary Prevention, 26(5), 419-438.
        [
Links ]

United States Secret Service., & United States Department of
Education. (2004). The final report and findings of the safe school
initiative: Implications for prevention of school attacks in the United States
.
Washington, DC: Authors.
        [
Links ]

Vieira, T. M. (2007). Fatores de
aprendizagem social, comportamento agressivo e comportamento lúdico de meninos
pré-escolares
. Dissertação de Mestrado não-publicada, Universidade Católica
de Goiás, Goiânia, GO.
[ Links ]

Watson, M. W., Andreas, J. B., Fischer, K. W., & Smith, K. (2005).
Patterns of risk factors leading to victimization and aggression in children
and adolescents. In K. A. Kendaall-Tackett & S. M. Giacomoni (Eds.), Child
victmization: Maltreatment, bullying and dating violence: Prevention and
intervention
.
(pp. 12.1-12.23). Kingston, NJ: Civic Research
Institute.         [
Links ]

Watson, M. W., & Peng, Y. (1992). The relation between toy gun play
and children’s aggressive behavior.
Early Education
and Development, 3
(4), 370-389.
        [
Links ]

Williams, L. C. A., & Pereira, A. C. S.
(2008). A associação entre violência doméstica e violência escolar: Uma análise
preliminar. Educação: Teoria e Prática, 18(30), 25-35.
        [
Links ]

Zavaschi, M. L. S. (Ed.). (1998). A
televisão e a violência: Impacto sobre a criança e o adolescente
.
Retrieved November 11, 2006, from http://www.ufrgs.br/psiq/cip.html [ Links ]

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-79722009000300021&script=sci_arttext

Como citar e referenciar este artigo:
LEITE, Gisele. Quando morrem os inocentes. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2011. Disponível em: https://investidura.com.br/artigos/sociedade/quando-morrem-os-inocentes/ Acesso em: 18 abr. 2024