Judiciário

A má qualidade dos sites do judiciário brasileiro

(Luiz Guilherme Marques – Juiz de Direito da 2ª Vara Cível de Juiz de Fora – MG)

 

            O Consultor Jurídico (www.conjur.com.br) divulgou, em 25/09/2006, um informativo intitulado Justiça virtual – Brasil é o sétimo país em acesso online ao Judiciário:

 

O Brasil ocupa a sétima posição entre os países do continente americano que mais acessam o Judiciário pela internet. O levantamento foi feito pelo Ceja — Centro de Estudos de Justiça das Américas, instituição que se dedica a analisar as ações do Poder Judiciário. As informações são do site Espaço Vital.

 

O estudo avaliou as informações oferecidas através da internet pelos Tribunais de Justiça e Ministérios Públicos, além da facilidade de chegar até elas. Numa pontuação máxima de 100 pontos, o Brasil conseguiu 45,8 e repetiu o mesmo resultado da pesquisa feita há dois anos. Os Estados Unidos ficaram na primeira colocação, com 80,7 pontos. Cresceram 4,3 pontos em relação a 2004.

 

O Ceja também avaliou os tribunais: o desenho da hierarquia; a publicação de sentenças e as possibilidades de recurso. A nota obtida pelos tribunais vale 60% da final. Os brasileiros aparecem na sexta posição do ranking, com nota 86,8.

 

O Canadá e a Argentina foram os dois países que apresentaram, nos dois últimos anos, o melhor implemento qualitativo no setor. Os últimos colocados no ranking geral são Haiti, Suriname, Guiana e Bahamas, que não possuem sites com informações sobre o Poder Judiciário ou não as atualizam. O estudo não disponibiliza informações sobre em que áreas as páginas pecam para perder pontos.

 

Veja a classificação geral

1º) Estados Unidos

2º) Argentina

3º) Costa Rica

4º) México

5º) Peru

6º) Canadá

7º) Brasil

8º) Chile

9º) Colômbia

10º) Bolívia

(Fonte: Observatório Unesco).

 

            O estudo avaliou  dois ítens: 1) as informações oferecidas através da Internet pelos Tribunais de Justiça e Ministérios Públicos; 2) a facilidade de se chegar até elas.

 

            Nossa inexpressiva posição no ranking das Américas demonstra que nossos sites do Judiciário precisam se aperfeiçoar…


Como citar e referenciar este artigo:
MARQUES, Luiz Guilherme. A má qualidade dos sites do judiciário brasileiro. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2010. Disponível em: https://investidura.com.br/artigos/judiciario/a-ma-qualidade-dos-sites-do-judiciario-brasileiro/ Acesso em: 28 mar. 2024