Economia

Contas Nacionais Trimestrais – Indicadores de Volume e Valores Correntes – Fonte IBGE – Base: Terceiro Trimestre de 2011

PIB tem variação nula (0,0%) em relação ao segundo trimestre e chega a R$ 1,05 trilhão

Em relação ao segundo trimestre de 2011, o PIB (Produto Interno Bruto) a preços de mercado do terceiro trimestre apresentou variação nula (0,0%),
levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. O destaque foi para agropecuária, com aumento de 3,2% no volume do valor adicionado. Indústria e
serviços tiveram variações negativas de -0,9% e -0,3%, respectivamente.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2010, o PIB cresceu 2,1% e, dentre as atividades econômicas, destacou-se o aumento da agropecuária (6,9%),
seguida por serviços (2,0%) e indústria (1,0%).

No acumulado nos quatro trimestres terminados no terceiro trimestre de 2011 (12 meses), o crescimento foi de 3,7% em relação aos quatro trimestres
imediatamente anteriores. No acumulado em 2011 até setembro, o PIB apresentou uma expansão de 3,2%. O PIB em valores correntes alcançou 1,05 trilhão.

Na divulgação do terceiro trimestre de cada ano é realizada uma revisão mais abrangente que incorpora os novos pesos das Contas Nacionais Anuais de
dois anos antes. As alterações realizadas são apresentadas na divulgação e as notas metodológicas explicativas dos aperfeiçoamentos na metodologia são
disponibilizadas com antecedência no site do IBGE. Mais detalhes na publicação completa.

Em relação ao 2º tri de 2011, somente agropecuária teve crescimento

O PIB registrou variação nula em relação ao trimestre anterior. Destaque para a agropecuária, que cresceu 3,2%, enquanto que indústria e serviços
tiveram variação negativa.

A queda da indústria (-0,9%) foi puxada pela “Indústria de transformação”, cujo índice de volume do valor adicionado reduziu-se em 1,4%. As demais
atividades industriais registraram variações positivas em relação ao trimestre imediatamente anterior: “Extrativa mineral” (0,9%), “Eletricidade e gás,
água, esgoto e limpeza urbana” (0,8%) e “Construção civil” (0,2%).

Dentre os serviços (variação de -0,3%), as variações negativas em volume se deram no “Comércio” (-1,0%), “Outros serviços” (-0,5%) e “Serviços de
informação” (-0,3%). “Atividades imobiliárias e aluguel” (0,4%), “Transporte, armazenagem e correio” (0,2%) e “Administração, saúde e educação pública”
(0,1%) registraram variações positivas em relação ao segundo trimestre. Já a “Intermediação financeira e seguros” teve crescimento de 1,7%.

Pela ótica do gasto, todos os componentes da demanda interna apresentaram variações negativas no terceiro trimestre deste ano: despesa de consumo da
administração pública (-0,7%), formação bruta de capital fixo (-0,2%) e despesa de consumo das famílias (-0,1%). A contribuição positiva ao desempenho
do PIB foi dada pelo setor externo, que registrou crescimento das exportações (1,8%) e redução das importações de bens e serviços (-0,4%).

Em relação ao mesmo trimestre de 2010, agropecuária é destaque

O PIB cresceu 2,1% no terceiro trimestre de 2011 em relação a igual período de 2010, sendo que o Valor Adicionado a Preços Básicos aumentou 2,0%, e os
impostos sobre produtos líquidos de subsídios cresceram 3,0%.

Dentre as atividades que contribuem para a geração do valor adicionado, o destaque foi a agropecuária, que neste trimestre cresceu 6,9% em relação a
igual período do ano anterior. Essa taxa pode ser explicada pelo desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no terceiro
trimestre e apresentaram crescimento da produtividade, como é o caso da mandioca (estimativa de crescimento de produção em 2011 de 7,3%), feijão (6,1%)
e laranja (3,1%).

A indústria, que nesta base de comparação vem apresentando trajetória de desaceleração desde o segundo trimestre de 2010, cresceu 1,0%. Nos dois
primeiros trimestres de 2011, o crescimento havia sido de 3,8% e 2,1%, na ordem. Dentre as atividades industriais, as maiores expansões ocorreram em
“Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana” (4,0%) e na “Construção civil” (3,8%). O desempenho da ”Construção civil” no trimestre é
corroborado pelo aumento da população ocupada no setor e pelo desempenho do crédito direcionado. O volume do valor adicionado da “Extrativa mineral”
teve aumento de 2,7%, puxado pela elevação da extração de minério de ferro. A “Indústria de transformação”, por sua vez, registrou queda de -0,6%,
resultado influenciado, principalmente, pela redução da produção de automóveis, têxteis, artigos do vestuário, calçados e produtos químicos em geral,
com destaque para os farmacêuticos.

O valor adicionado de serviços cresceu 2,0% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Todas as atividades que o compõem registraram variações
positivas, com destaque para os “Serviços de informação”, que cresceram 4,4%, e a “Intermediação financeira e seguros”, onde a expansão foi de 3,0%.
“Transporte, armazenagem e correio” e “Administração, saúde e educação pública” apresentaram crescimento de 2,1% e 2,0%, respectivamente. No “Comércio”
(atacadista e varejista) a expansão foi de 1,7%. A atividade “Outros serviços” cresceu 1,5%. Por fim, “Serviços imobiliários e aluguel” cresceram 1,4%.

Pelo lado da demanda interna, a despesa de consumo das famílias apresentou crescimento de 2,8%, sendo a trigésima segunda variação positiva consecutiva
nessa base de comparação. Um dos fatores que contribuíram para este resultado foi o comportamento da massa salarial real, que teve elevação de 2,6% no
terceiro trimestre de 2011 segundo Pesquisa Mensal de Emprego. Além disso, houve um aumento, em termos nominais, do saldo de operações de crédito do
sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas de 18,3% no terceiro trimestre de 2011 de acordo com o Banco Central. A despesa de
consumo da administração pública cresceu 1,2% na comparação com o mesmo período de 2010.

A formação bruta de capital fixo (FBCF ou investimento planejado), por sua vez, registrou expansão de 2,5% em relação a igual período do ano anterior.
Dentre os fatores que contribuem para explicar este crescimento, destacam-se o desempenho da construção civil e a expansão da produção interna de
máquinas e equipamentos.

Pelo lado da demanda externa, as exportações e as importações de bens e serviços apresentaram crescimento nesta comparação, de 4,1% e 5,8%,
respectivamente. A valorização cambial ajuda a explicar o maior crescimento relativo das importações. Os produtos da pauta de importação que mais
contribuíram para esse resultado foram “veículos”; “equipamentos eletrônicos”; “material elétrico”; “têxteis, vestuário e calçados”; “extrativa
mineral”; “plásticos”; e “químicos”.

Em 12 meses, PIB cresce 3,7%

O PIB a preços de mercado acumulado nos quatro trimestres terminados no terceiro trimestre de 2011 cresceu 3,7% em relação aos quatro trimestres
imediatamente anteriores, resultado da elevação de 3,3% do valor adicionado a preços básicos e do aumento de 6,1% nos impostos sobre produtos. Dentre
as atividades econômicas, os serviços cresceram 3,6%, a indústria, 2,9% e a agropecuária, 2,7%.

PIB cresce 3,2 % no acumulado em 2011 até setembro

O PIB a preços de mercado no acumulado em 2011 apresentou crescimento de 3,2%, em relação a igual período de 2010. Nesta base de comparação, o volume
do valor adicionado dos serviços cresceu 3,2%, seguido pela agropecuária (2,8%) e pela indústria (2,3%).

No trimestre taxa de investimento alcança 20,0% do PIB

A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2011 foi de 20,0% do PIB, inferior à taxa referente a igual período do ano anterior (20,5%). A taxa de
poupança alcançou 18,8% no terceiro trimestre de 2011, ante 19,6% no mesmo trimestre de 2010.

No resultado do terceiro trimestre de 2011, a necessidade de financiamento alcançou R$ 19,7 bilhões contra R$ 24,9 bilhões no mesmo período do ano
anterior. A renda nacional bruta atingiu R$ 1.028,7 bilhões contra R$ 949,0 bilhões em igual período do ano anterior; e, nessa mesma comparação, a
poupança bruta atingiu R$ 196,9 bilhões, contra R$ 188,9 bilhões em 2010.

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

* Ricardo Bergamini, Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela
UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de
Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás –
Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul..
Site: http://paginas.terra.com.br/noticias/ricardobergamini* Ricardo Bergamini, Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de
Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período
de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos,
na área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás – Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de
empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul.

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Como citar e referenciar este artigo:
BERGAMINI, Ricardo. Contas Nacionais Trimestrais – Indicadores de Volume e Valores Correntes – Fonte IBGE – Base: Terceiro Trimestre de 2011. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2011. Disponível em: https://investidura.com.br/artigos/economia/contas-nacionais-trimestrais-indicadores-de-volume-e-valores-correntes-fonte-ibge-base-terceiro-trimestre-de-2011/ Acesso em: 20 abr. 2024