Economia

Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário – Fonte IBGE – Base: Abril de 2011

Emprego industrial varia -0,1% em
abril

Em abril de 2011, ao mostrar variação negativa de
0,1% frente ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, o emprego
industrial manteve o quadro de estabilidade já observado em março último
(0,0%). Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral
também apontou virtual estabilidade em abril (0,1%), praticamente repetindo os
resultados dos dois últimos meses: fevereiro (0,1%) e março (0,2%). Na
comparação com igual período de 2010, o total de pessoal ocupado na indústria
avançou 1,7% em abril de 2011, décima quinta taxa positiva consecutiva neste
tipo de comparação, mas a menos intensa desde fevereiro de 2010 (0,8%). No
índice acumulado do primeiro quadrimestre do ano houve expansão de 2,4%,
resultado menos acentuado do que o verificado no último quadrimestre de 2010
(3,9%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. A taxa
anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, cresceu 3,7%, mas com
ligeira redução frente aos índices de fevereiro e março (ambos com 3,9%).

No confronto com abril de 2010, o emprego industrial
mostrou expansão de 1,7%, com 11 dos 14 locais investigados apontando taxas
positivas. Os destaques na formação da taxa global da indústria foram Paraná
(5,4%), região Nordeste (3,1%) e Minas Gerais (3,4%). Na indústria paranaense,
as influências positivas mais significativas vieram de alimentos e bebidas
(11,7%), outros produtos da indústria de transformação (15,8%), meios de
transporte (13,7%) e produtos de metal (18,3%). No setor industrial nordestino,
os impactos assinalados por alimentos e bebidas (3,2%), minerais não metálicos
(10,3%) e meios de transporte (24,4%) foram os mais relevantes no local. Na
indústria mineira, sobressaíram os setores de meios de transporte (6,6%), de
alimentos e bebidas (3,3%), de metalurgia básica (6,6%) e de produtos de metal
(6,9%).

Vale citar também as contribuições positivas vindas
do Rio Grande do Sul (2,7%) e da região Norte e Centro-Oeste (2,2%),
impulsionados principalmente pela expansão do pessoal ocupado nos setores de
alimentos e bebidas (8,7%) e de produtos de metal (12,5%), no primeiro local, e
de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (29,1%) e produtos
de metal (28,1%) no segundo. Por outro lado, São Paulo, com ligeira variação
negativa de 0,2%, apontou a principal pressão negativa no total nacional,
refletindo em grande parte as perdas vindas de papel e gráfica (-19,3%) e
vestuário (-11,7%).

Em termos setoriais, ainda em comparação com igual
mês do ano anterior, no total do país, as contribuições positivas mais relevantes
vieram de meios de transporte (8,1%), alimentos e bebidas (2,5%), produtos de
metal (5,6%), máquinas e equipamentos (4,1%), metalurgia básica (8,3%) e
máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (5,2%). Por outro
lado, entre os sete ramos que registraram resultados negativos, sobressaíram os
impactos vindos de papel e gráfica (-9,4%), vestuário (-3,7%) e madeira
(-8,6%).

No índice acumulado no primeiro quadrimestre de
2011, o total do pessoal ocupado na indústria foi 2,4% maior do que em igual
período do ano passado, com taxas positivas em 13 dos 14 locais e em 12 dos 18
ramos investigados. Entre os locais, as influências mais importantes sobre a
média global foram observadas na região Nordeste (3,1%), Minas Gerais (3,7%),
São Paulo (1,0%), região Norte e Centro-Oeste (3,8%), Paraná (3,8%) e Rio
Grande do Sul (3,3%). O único resultado negativo foi assinalado pelo Ceará
(-0,1%). Em termos setoriais, no total do país, o emprego industrial avançou,
principalmente, em meios de transporte (8,2%), produtos de metal (7,6%),
máquinas e equipamentos (5,8%), alimentos e bebidas (1,9%), máquinas e
aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,5%) e metalurgia básica
(8,2%), enquanto papel e gráfica (-8,4%) e vestuário (-2,8%) exerceram as principais
pressões negativas.

Número de horas pagas é 0,4%
menor que em março

O número de horas pagas na indústria, em abril de
2011, mostrou queda de 0,4% frente ao mês imediatamente anterior, na série
livre dos efeitos sazonais, após registrar 1,1% em fevereiro e -0,3% em março.
Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral, ao variar
positivamente 0,1% entre abril e março, apontou a quarta taxa positiva
consecutiva nesse tipo de indicador.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o número
de horas pagas assinalou crescimento de 1,2% em abril de 2011, décima quinta
taxa positiva consecutiva nesse tipo de confronto, mas a menor desde janeiro de
2010 (0,0%). Com isso, o índice acumulado nos quatro primeiros meses de 2011
cresceu 2,2%, ritmo abaixo do verificado no fechamento do primeiro trimestre do
ano (2,6%). A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses,
permaneceu apontando crescimento em abril (4,0%), mas com resultados menos
intensos que os observados em fevereiro (4,5%) e março (4,3%).

No índice mensal, o número de horas pagas avançou
1,2%, com taxas positivas em 12 dos 14 locais e em 10 dos 18 ramos pesquisados.
No corte setorial, as principais pressões positivas sobre o total nacional
vieram de meios de transporte (7,0%), alimentos e bebidas (2,7%), máquinas e
aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,4%), máquinas e equipamentos
(4,1%) e produtos de metal (4,5%). Por outro lado, entre os oito ramos que
assinalaram taxas negativas, a contribuição mais relevante no cômputo geral
ficou com o setor de papel e gráfica (-10,6%), vindo a seguir vestuário
(-3,7%), calçados e couro (-4,5%) e madeira (-8,5%).

Entre os locais, ainda no confronto com abril 2010,
Paraná (4,3%), região Norte e Centro-Oeste (3,6%), Minas Gerais (3,0%) e região
Nordeste (2,1%) exerceram os impactos positivos mais significativos no
resultado nacional. Na indústria paranaense, nove atividades aumentaram o
número de horas pagas, com destaque para alimentos e bebidas (8,2%), máquinas e
aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (33,3%) e outros produtos da
indústria de transformação (16,0%). Na indústria da região Norte e
Centro-Oeste, máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (34,0%)
e produtos de metal (35,4%) assinalaram as principais influências, enquanto em
Minas Gerais, borracha e plástico (18,9%), indústrias extrativas (9,3%) e meios
de transporte (6,0%) registraram as contribuições positivas mais importantes.
Na região Nordeste as pressões mais relevantes vieram de alimentos e bebidas
(4,4%), minerais não metálicos (8,0%) e meios de transporte (26,4%). Por outro
lado, São Paulo (-1,0%) e Ceará (-4,5%) apontaram as duas únicas taxas
negativas no índice mensal, pressionados em grande parte pelas perdas
verificadas nos setores de papel e gráfica (-21,1%) e vestuário (-13,2%), no
primeiro local, e calçados e couro (-16,8%) no segundo.

No índice acumulado do primeiro quadrimestre do ano,
o número de horas pagas, ao crescer 2,2%, mostrou perda de dinamismo frente aos
resultados do segundo (5,7%) e terceiro (4,1%) quadrimestres de 2010, todas as
comparações contra igual período do ano anterior. Na formação do índice de
abril, 13 locais e 12 atividades apontaram taxas positivas. Setorialmente, os
principais impactos positivos vieram de meios de transporte (7,9%), produtos de
metal (7,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,2%),
máquinas e equipamentos (5,6%) e alimentos e bebidas (1,8%), enquanto as
indústrias de papel e gráfica (-9,3%) e vestuário (-3,0%) exerceram as
influências negativas mais expressivas. Entre os locais, região Norte e
Centro-Oeste (4,9%), Minas Gerais (3,9%), Paraná (3,7%), São Paulo (0,8%),
região Nordeste (2,1%) e Rio Grande do Sul (2,6%) foram as que mais
pressionaram positivamente a média global.

Valor da folha de pagamento real
recua 0,8% em março

Em abril de 2011, o valor da folha de pagamento real
dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou 0,8% em relação ao
mês imediatamente anterior, após registrar crescimento por três meses
consecutivos e acumulado expansão de 6,5%. Com estes resultados, o índice de
média móvel trimestral mostrou acréscimo de 0,2% em abril, quarta taxa positiva
seguida, acumulando ganho de 3,5% nesse período.

No confronto com iguais períodos do ano anterior o
valor da folha de pagamento real cresceu 4,7% no índice mensal de abril de
2011, décima sexta taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação, e 6,1%
no acumulado do primeiro quadrimestre do ano, ritmo de expansão abaixo do
verificado no último quadrimestre de 2010 (8,2%). A taxa anualizada, índice
acumulado nos últimos doze meses, ao avançar 7,5%, praticamente repetiu os
resultados de fevereiro e março (ambos com 7,6%).

No confronto com abril de 2010, o valor da folha de
pagamento real apresentou expansão de 4,7%, com resultados positivos nos 14
locais pesquisados. A maior influência sobre o total do país ficou com São
Paulo (3,0%), apoiado em grande parte nos avanços dos setores de máquinas e
equipamentos (15,4%), meios de transporte (6,9%) e borracha e plástico (16,1%).
Também se destacam os impactos positivos assinalados por Minas Gerais (10,0%),
impulsionado sobretudo pelos ramos de metalurgia básica (17,0%) e indústrias
extrativas (18,2%); região Nordeste (7,2%), por conta de alimentos e bebidas
(17,8%) e meios de transporte (28,0%); Paraná (8,5%), em função das pressões
positivas vindas de meios de transporte (18,1%) e alimentos e bebidas (12,8%);
e região Norte e Centro-Oeste (7,7%), influenciado pelas atividades de produtos
de metal (33,2%) e de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações
(21,7%).

Setorialmente, ainda na comparação com igual mês do
ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu em doze dos dezoito
setores investigados, impulsionado, principalmente, pelos resultados positivos
de máquinas e equipamentos (11,8%), meios de transporte (6,8%), alimentos e
bebidas (5,3%), borracha e plástico (12,2%), metalurgia básica (11,5%) e
máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,5%). Por outro
lado, os maiores impactos negativos vieram de papel e gráfica (-11,4%),
produtos químicos (-2,7%) e vestuário (-3,9%).

No índice acumulado nos quatro primeiros meses do
ano, o valor da folha de pagamento real avançou 6,1%, com taxas positivas em
todos os 14 locais investigados. A maior contribuição sobre a média nacional
permaneceu vindo de São Paulo (4,6%), impulsionado sobretudo pelos resultados
positivos vindos de meios de transporte (10,1%), máquinas e equipamentos
(12,0%) e produtos químicos (5,3%). Também se destacam os resultados positivos
assinalados por Minas Gerais (11,7%), Paraná (8,9%), região Nordeste (6,0%) e
Rio de Janeiro (7,0%). Nestes locais, as atividades que mais influenciaram
positivamente foram indústrias extrativas (18,3%) e meios de transporte (16,6%)
na indústria mineira; meios de transporte (21,2%) e alimentos e bebidas (11,2%)
na indústria paranaense; alimentos e bebidas (7,7%) e meios de transporte
(20,4%), na região Nordeste; e indústria extrativas (10,1%) e produtos químicos
(9,9%) na indústria fluminense.

Setorialmente, ainda no índice acumulado no ano, o
valor da folha de pagamento real avançou em treze das dezoito atividades
pesquisadas, com destaque para os ganhos vindos de meios de transporte (11,3%),
máquinas e equipamentos (12,1%), alimentos e bebidas (4,9%), produtos de metal
(8,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,5%) e
metalurgia básica (8,6%). Em sentido oposto, o setor de papel e gráfica (-8,9%)
exerceu o impacto negativo mais relevante sobre o total nacional.

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos
leitores.

*
Ricardo Bergamini, Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no
Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no
período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período
de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e
Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na
área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás – Multifrabril – IESA
Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e
palestrante, assessorando empresas da região sul.. Site:
http://paginas.terra.com.br/noticias/ricardobergamini* Ricardo Bergamini,
Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro,
com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no período de
1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de1988/1989.
Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e Citibank (Nova
York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira
em empresas como Cosigua – Nuclebrás – Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside
em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante,
assessorando empresas da região sul.

(48)
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www.ricardobergamini.com.br/blog

Como citar e referenciar este artigo:
BERGAMINI, Ricardo. Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário – Fonte IBGE – Base: Abril de 2011. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2011. Disponível em: https://investidura.com.br/artigos/economia/pesquisa-industrial-mensal-de-emprego-e-salario-fonte-ibge-base-abril-de-2011/ Acesso em: 19 abr. 2024