Economia

Pesquisa Mensal de Comércio – Fonte IBGE – Base: Setembro de 2010

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Em setembro, vendas do varejo crescem 0,4%. Receita nominal sobe 0,9%

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Em setembro, o comércio varejista do país registrou, com relação ao mês
anterior (com ajuste sazonal), crescimento de 0,4% para o volume de vendas e de
0,9% para a receita nominal. Com isso, o setor completa cinco meses
consecutivos de taxas positivas, no volume de vendas, e de nove meses para a
receita nominal de vendas. Nas demais comparações, obtidas das séries originais
(sem ajuste), o varejo nacional registrou, em termos de volume de vendas,
acréscimos da ordem de 11,8% sobre setembro do ano anterior e de 11,4% e 10,7%
nos acumulados dos nove primeiros meses do ano e dos últimos 12 meses,
respectivamente. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas
apresentou taxas de variação de 15,2%, 14,4% e de 13,7%.

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Volume de vendas cresce em quatro das dez atividades pesquisadas

Para o volume de vendas com ajuste sazonal, os resultados indicam que
quatro das dez atividades obtiveram variações positivas: Equipamentos e
material para escritório, informática e comunicação (5,6%); Outros artigos de uso
pessoal e doméstico (2,8%); Móveis e eletrodomésticos (1,1%) e Combustíveis e
lubrificantes (1,0%). As variações negativas foram em Hipermercados,
supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%); Tecidos,
vestuário e calçados (-0,2%); Material de construção (-0,2%); Livros, jornais,
revistas e papelaria (-0,7%); Veículos e motos, partes e peças (-0,8%)e Artigos
farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,2%).

Já na relação com setembro de 2009, na série sem ajuste sazonal, todas
as oito atividades do varejo obtiveram aumentos no volume de vendas, cujas
taxas, por ordem de importância no resultado global, foram as seguintes:
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (9,7%);
Móveis e eletrodomésticos (14,4%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico
(15,8%); Combustíveis e lubrificantes (10,3%); Tecidos, vestuário e calçados
(12,6%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (11,6%);
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (28,5%) e
Livros, jornais, revistas e papelaria (9,7%).

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios,
bebidas e fumo,com variação de 9,7% no volume de vendas, em setembro, sobre
igual mês do ano anterior, foi responsável pela principal contribuição à taxa
global do varejo. Esse resultado se justifica pelo aumento do poder de compra
da população, decorrente do crescimento da massa de rendimento real habitual
dos ocupados (10,1% sobre setembro de 2009, segundo a PME). Os resultados da
atividade em termos de acumulados nos nove primeiros meses do ano e nos últimos
12 meses foram de 10,0%.

A atividade de Móveis e eletrodomésticos, com aumento de 14,4% no volume
de vendas em relação a setembro do ano passado, proporcionou o segundo maior
impacto na formação da taxa de desempenho do Comércio Varejista. Para tanto,
vem sendo fundamental a política de expansão do crédito e o crescimento da
massa real de salários. No acumulado do ano, a atividade apresentou taxa de variação
de 18,4%, e nos últimos 12 meses, de 16,1%.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba
segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos,
brinquedos etc., exerceu o terceiro maior impacto na formação da taxa do
varejo, com variação de 15,8% no volume de vendas em relação a setembro de
2009. As condições econômicas favoráveis no que diz respeito ao comportamento
da massa de salários e a retomada do crédito são os principais fatores que
explicam o desempenho positivo do segmento. Em termos acumulados, a taxa para
os primeiros nove meses do ano foi de 8,5% e para os últimos 12 meses, de 8,3%.

O segmento de Combustíveis e lubrificantes, com variação de 10,3% no
volume de vendas em relação a setembro de 2009, exerceu a quarta contribuição
na taxa global do varejo. Em termos de desempenho acumulado no ano a taxa de
variação da atividade chegou a 6,8%, e nos últimos 12 meses a 5,9%. Contribui
para esse desempenho a estabilidade dos preços dos combustíveis (1,9% contra
4,7% do índice geral, em 12 meses, segundo o IPCA) e a melhora da conjuntura
econômica, induzindo ao aumento da frota de veículos automotores em circulação.
O segmento de Tecidos, vestuário e calçados, que aumentou seu volume de vendas
em 12,6%, foi responsável pela quinta contribuição à taxa global do varejo. Em
termos acumulados, os resultados foram de 11,0% para os nove primeiros meses do
ano e de 9,2% para os últimos 12 meses. A atividade continua sua trajetória de
taxas positivas mesmo com os aumentos de preços no segmento, a saber: 5,9% de
variação no grupo vestuário, contra acréscimos de 4,7% no índice geral, no
acumulado dos últimos 12 meses, segundo o IPCA.

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A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de
perfumaria, com a sexta maior participação na taxa global do varejo, apresentou
crescimento de 11,6% na comparação com setembro do ano passado, e taxas
acumuladas de 11,7% no ano e de 11,6% para os últimos 12 meses. Esse resultado
mostra que a atividade continua tendo, também, seu desempenho relacionado ao
movimento da massa real de salário e do crédito, somadas à essencialidade dos
produtos do gênero.

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e
comunicação, responsável pela sétima maior contribuição na formação da taxa
global, obteve acréscimo no volume de vendas, em setembro, da ordem de 28,5%
sobre igual mês do ano anterior e taxas acumuladas no ano de 25,3% e, nos
últimos 12 meses, de 20,4%. A queda dos preços dos produtos do setor,
principalmente os de microcomputadores (-6,6% nos últimos 12 meses, medido pelo
IPCA), explica tais variações.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, com crescimento de
9,7%, continuou exercendo a menor contribuição no resultado do varejo. O
indicador acumulado no ano obteve variação de 8,8% e o dos últimos 12 meses de
9,1%. Estes resultados são decorrentes da melhoria da renda.

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O Comércio Varejista ampliado registrou variações em relação ao mês
anterior de -0,9% para o volume de vendas e de -0,7% para a receita nominal,
ambas as taxas com ajustamento sazonal. Comparado com o mesmo mês do ano
anterior (sem ajuste sazonal), as variações foram de 5,9% para o volume de vendas
e de 9,2% para a receita nominal. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, o
setor apresentou taxa de variação de 11,4% e 12,0%, respectivamente, para o
volume de vendas e de 14,1% para ambos acumulados no que tange à recita
nominal.

A atividade de Veículos, motos, partes e peças registrou queda de -4,0%,
no volume de vendas, em relação a setembro de 2009, acumulando no ano e nos
últimos doze meses variações da ordem de 10,7% e 14,4%, respectivamente. Esta
variação negativa expressa uma acomodação, uma vez que o setor vinha
apresentado, nos últimos meses, taxas elevadas de crescimento.

Quanto a Material de Construção, as variações foram de 16,8% na relação
com setembro de 2009, de 16,4% no acumulado do ano e de 12,5% nos últimos 12
meses. As medidas oficiais de incentivo à construção civil e o observado
aumento de renda, explicam os resultados positivos no volume de vendas da
atividade.

Todas as UFs registram alta na comparação com setembro de 2009

Todas as Unidades da Federação tiveram resultados positivos na
comparação com setembro de 2009, sendo as taxas mais significativas observadas
em: Tocantins (76,8%); Roraima (46,4%); Paraíba (28,5%); Rondônia (28,2%) e
Maranhão (24,1%). Quanto à participação na composição da taxa do Comércio Varejista,
destacaram-se, pela ordem, São Paulo (10,7%); Rio de Janeiro (13,0%); Minas
Gerais (12,8%); Rio Grande do Sul (13,6%) e Paraná (11,5%).

Em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume
de vendas ocorreram Tocantins (37,2%); Roraima (36,2%); Rondônia (24,1%); Mato
Grosso (14,9%) e Paraíba (14,8%). Em termos de impacto no resultado global do
setor, os destaques foram os estados de São Paulo (3,7%); Minas Gerais (10,2%);
Rio Grande do Sul (9,8%); Rio de Janeiro (5,1%) e Paraná (7,3%).

Ainda por Unidades da Federação, os resultados com ajuste sazonal para o
volume de vendas apontam vinte e um estados com variação positiva, na
comparação com o mês imediatamente anterior, sendo os destaques: Roraima
(12,0%); Tocantins (3,9%); Acre (3,7%); Maranhão (2,7%) e Rio de Janeiro
(2,7%).

No trimestre, avanço de 11,1%

O resultado de 11,1% do Comércio varejista no terceiro trimestre do ano
de 2010 ficou acima do observado no segundo trimestre (10,3%), situando-se,
porém, abaixo da taxa do primeiro trimestre (12,8%). Comparando as taxas do
segundo com o terceiro trimestre de 2010, temos os seguintes comportamentos por
atividades: altas para Outros artigos de uso pessoal e doméstico (de 5,9% para
13,2%); Combustíveis e lubrificantes (de5,7% para 9,1%); Livros, jornais,
revistas e papelaria (de 7,8% para 10,3%); Tecidos, vestuário e calçados (de
10,6% para 12,8%); Equipamentos e material para escritório, informática e
comunicação (de 22,42% para 24,4%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios,
bebidas e fumo, passando de 8,5% para 9,3%. Já as reduções de taxas ocorreram
em Móveis e eletrodomésticos (de 19,6% para 14,4%) e Artigos farmacêuticos,
médicos, ortopédicos e de perfumaria (de 11,2% para 10,7%).

Em termos do Comércio varejista ampliado, a taxa de variação do terceiro
trimestre, de 10,8%, superou a do segundo trimestre do ano (8,2%), influenciada
pelos comportamentos das atividades descritas acima, bem como as taxas de
Veículos, motos, partes e peças, que variou de 3,3% para 9,1%, e de Material de
construção, de 16,8% para 17,3%.

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Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

* Ricardo Bergamini, Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido
Mendes no Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela
UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no
período de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de
Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos
executivos, na área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás –
Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como
consultor de empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul..
Site: http://paginas.terra.com.br/noticias/ricardobergamini* Ricardo Bergamini,
Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro,
com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no período de
1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de1988/1989.
Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e Citibank (Nova
York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira
em empresas como Cosigua – Nuclebrás – Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside
em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante,
assessorando empresas da região sul.

(48) 4105-0832

(48) 9976-6974

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www.ricardobergamini.com.br/blog

Como citar e referenciar este artigo:
BERGAMINI, Ricardo. Pesquisa Mensal de Comércio – Fonte IBGE – Base: Setembro de 2010. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2010. Disponível em: https://investidura.com.br/artigos/economia/pesquisa-mensal-de-comercio-fonte-ibge-base-setembro-de-2010/ Acesso em: 20 abr. 2024