Direito Internacional

A época napoleônica

A época napoleônica

 

 

Ricardo Bergamini*

 

 

“O Brasil somente dará o seu primeiro passo para a sua merecida pujança, quando os brasileiros acreditarem que dois mais dois são quatro”. (Ricardo Bergamini).

 

 

O Consulado (1799-1804)

 

Napoleão redigiu uma nova Constituição, que “sob aparência republicana, estabelecia um verdadeiro regime monárquico”. A Constituição foi aprovada, num plebiscito popular, por mais de três milhões de votos (só houve um mil, e seiscentos votos contra).

 

A fim de solucionar a crise religiosa e obter a paz interior da França, Napoleão assinou com o papa Pio VII, uma Concordata (1801), pelo qual se estabelecia um acordo mútuo. O papa reconhecia a nova França e a nacionalização dos bens eclesiásticos; o governo francês restaurava o culto católico e comprometia-se a sustentar a Igreja e a pagar adequados salários aos membros do clero. Para complementar a pacificação do país, anistiou os emigrados realistas (1802). Quarenta mil famílias da antiga nobreza voltaram à França.

 

De 1800 a 1802, Napoleão venceu os austríacos e desfez a segunda Coligação. Finalmente, a Inglaterra assinou o tratado de Amiens (1802). Pela primeira vez em 10 anos, reinava a paz na Europa. Na França, o entusiasmo popular foi extraordinário. Napoleão aproveitou-o para perpetuar-se no poder. Num novo plebiscito, uma esmagadora maioria (três milhões e quinhentos mil votos, contra apenas oito mil) concedeu-lhe o consulado vitalício (1802).

 

 

Dois anos mais tarde seria imperador.

 

O Império (1804-1814)

 

Elementos realistas (em conluio, às vezes, com generais republicanos) tramaram diversas conspirações contra Napoleão. Tendo fracassado, essas conjuras fortaleceram o bonapartismo. Em maio de 1804, o Senado decretou que “o governo da República era confiado ao imperador Napoleão”. Submetida a plebiscito, a reforma foi aprovada por mais de três milhões e meio de votos (contra menos de três mil votos). Surgia, assim, o Primeiro Império Francês – que havia de durar 10 anos.

 

As guerras napoleônicas

 

Napoleão é considerado o maior gênio militar de todos os tempos. Em quase 20 anos de campanhas bélicas, enfrentou sete coligações européias e conquistou extraordinárias vitórias. Caiu afinal, vencido sobretudo pelas desastrosas campanhas da Espanha e da Rússia.     

 

 

* Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás – Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul..  Site: http://paginas.terra.com.br/noticias/ricardobergamini

 

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Como citar e referenciar este artigo:
BERGAMINI, Ricardo. A época napoleônica. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2008. Disponível em: https://investidura.com.br/artigos/direito-internacional/a-epoca-napoleonica/ Acesso em: 16 abr. 2024